O estilo hot rod é um dos mais apreciados em eventos de carros. Os exemplares chamam a atenção pelo visual exótico e motores possantes. E Curitiba virou a cidade referência no país na preservação da cultura e, principalmente, na fabricação de projetos de alto nível.
Uma ideia colocada em prática durante o MS Trade Show, ocorrido no início de agosto na capital paranaense, reforçou ainda mais essa imagem. A “Missão Hot Rod” foi uma das principais atrações do evento, que é considerado o maior parque de diversões a motor do Brasil.
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Simplesmente um hot rod nasceu “do zero” durante os três dias de MS Trade Show. A montagem e customização do Ford Tudor 1930 consumiu 36 horas de trabalho, envolvendo 18 profissionais e dez empresas da área de fabricação automotiva e especializadas no gênero ‘biela quente’ - uma tradução livre para o estilo que nasceu nos EUA na década de 1950 e chegou a Curitiba no início de 1970.
A equipe da Gazeta do Povo acompanhou todo o processo e resumiu em um vídeo o trabalho que culminou com a missão cumprida.
“No Brasil, eu não tenho conhecimento de nada que tenha chegado próximo aos três dias para a fabricação. O Leandro Bochesko (mecânico e expert em hot) fez um em 29 dias para levar a Águas de Lindóia (exposição de veículos antigos que ocorre no interior de São Paulo)”, salienta Evandro Rui Fernandes, responsável pelo planejamento e logística do projeto. Aliás, Bochesko integrou a equipe ‘Missão Hot Rod”.
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Segundo Evandro, a construção de um veículo no mesmo estágio atingido pelo Tudor 1930 levaria no mínimo seis meses, na média de mercado. Isso considerando a participação de empresas terceirizadas na área de elétrica, de acabamento interior, de pintura e até mesmo de retífica de motor.
Já o custo pode chegar a R$ 80 mil, levando em conta o nível da pintura, tipo de suspensão e a utilização de um propulsor com oito cilindros.
Por falar em motor, foi empregado um small block V8 da Chevrolet, de 283 m³ e 4.6 litros, com potência aproximada de 200 cv e 40,0 kgfm de troque. É o mesmo usado na década de 1960 por Impala e Corvette. Já o câmbio de três marcas veio emprestado do clássico Opala.
O veículo ainda precisa ser finalizado, com a adição de uma série de itens de segurança exigidos por lei para que possa transitar por vias públicas, como para-choques, sinaleiras, para-sol, entre outros.
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A regularização do carro acontece numa segunda etapa e assim possa atender às exigências para que a documentação seja emitida como fabricação artesanal.
Evandro adianta que hot rod é de propriedade do grupo e será compartilhado entre as oficinas envolvidas para ações de divulgação e promoção dos serviços oferecidos por elas.
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