“Esse é o inédito Virtus, um sedã do tamanho do Jetta”. A frase dita pelo presidente da Volkswagen do Brasil, Pablo Di Si, logo no início do avant-première mundial do modelo, em São Paulo, resume o tamanho da aposta que a marca faz no três volumes derivado do Polo.
Nas entrelinhas, o executivo revela a intenção de brigar em duas frentes: com as versões mais caras dos sedãs compactos (leia-se Chevrolet Prisma, Hyundai HB20, Ford Ka+, entre outros) e a do segmento médio-compacto (que inclui Honda City e Chevrolet Cobalt, e no futuro o Fiat Cronos e o Toyota Yaris).
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Apesar de não revelar o preço, a VW deve posicionar o Virtus numa faixa entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, quando estrear nas lojas em janeiro de 2018. Ficará abaixo do Jetta, que começa na configuração 1.4 TSI Trendline, por R$ 80.740.
A escolha pela apresentação global no Brasil não é por acaso. O Virtus foi desenvolvido com foco no mercado brasileiro. Ele será produzido na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) nas versões MSI, Comfortline e Highline, tal qual o Polo.
No primeiro contato com o carro é possível perceber que ele é bem maior e mais requintado que o Voyage. Visualmente é idêntico ao Polo, com o mesmo conjunto de faróis, grade e o capô arredondado repleto de vincos.
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A semelhança vai até as portas traseiras. A partir dali tudo é novo. E novo mesmo, pois não há nenhum outro sedã da montadora que traga os mesmos elementos.
As lanternas avançam sobre as laterais, complementando os vincos acentuados que começam nos paralamas dianteiros. Já o para-choques vem com uma barra cromada em toda a sua extensão na parte inferior.
Porta-malas generoso
A novidade possui um entre-eixos quase 9 cm mais longo que o do Polo (2,65 m contra 2,56 m do hatch). Com isso, o espaço para os ocupantes traseiros é mais amplo e confortável.
Com o terceiro volume, o Virtus chega a 4,48 m de comprimento, ou 42,5 cm a mais que o Polo. O resultado é um porta-malas generoso: 521 litros.
Para se ter uma ideia, ele supera os outros três sedãs da marca vendidos no Brasil: Voyage (480 l), Jetta (470 l) e Passat (506 l).
E é ainda maior que o do Renault Logan (510 l) e Jetta (510 l), empata com o Fiat Grand Siena (520 l), mas perde para o volume impressionante do Cobalt (563 l).
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O Virtus tem 1,46 m de altura e 1,75 m de largura. Ou seja, é apenas 1 cm mais baixo e 2,7 cm mais estreito que o Jetta – no entre-eixos, são iguais. Lembrando que a nova geração do Jetta será apresentada em janeiro no Salão de Detroit e chega no ano que vem ao Brasil.
Por dentro, o Virtus repete o irmão de plataforma Polo, tanto no acabamento quanto nos equipamentos. Assim como no hatch, a versão topo de linha Highline terá como opcionais o quadro de instrumentos digital Active Info Display, com tela de 10,25 polegadas, e a central multimídia Discover Media de 8”, com GPS, sensor de aproximação e App-Conect.
O pacote do sedã ainda traz airbags laterais, luz diurna em led, ar-condicionado automático, partida sem chave, detector de fadiga e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
Mas, assim como o Polo, não trará na configuração mais básica o ajuste elétrico dos retrovisores e da altura do volante, nem faróis de neblina.
Também abrirá mão do motor 1.0 aspirado, de 84 cv, que equipa o hatch. O sedã começará pelo 1.6 MSI, de 117 cv e 16,8 kgfm, gerenciado pelo câmbio manual de cinco marchas.
E adotará o propulsor 1.0 TSI (turboflex e com injeção direta), de 128 cv e 20,4 kgfm, sempre associado ao câmbio automático Tiptronic de seis marchas. Aliás, o 200 fixado no lado direito da tampa do porta-malas faz referência ao torque do carro.
Essa motorização é capaz de levar o Virtus vai de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e alcançar a velocidade máxima de 194 km/h.
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Controles de estabilidade e tração serão de fábrica apenas para a versão TSI. No 1.6, entram como itens opcionais, juntamente com assistente de partida em rampa, bloqueio eletrônico do diferencial e monitoramento da pressão dos pneus.
Aliás, o Virtus deverá repetir o Polo no teste de colisão do Latin NCap, quando conquistou nota máxima. Isto é, será um dos carros mais seguros do segmento, principalmente pela plataforma MQB, com aços de alta resistência em boa parte da carroceria.
20 modelos até 2020
O CEO mundial da Volkswagen, Hebert Diess, que está em visita pelo Brasil, confirmou o investimento de R$ 7 bilhões no país. A quantia será aplicada no lançamento de 20 novos modelos até 2020, dos quais 13 fabricados no Brasil e outros 7 na Argentina.
Com o pacote de novidades, a Volkswagen pretende brigar pela liderança de vendas no país - atualmente é a terceira no ranking, bem atrás da General Motors, mas colada na Fiat.
Dos nacionais, o primeiro lançamento da marca nesta nova fase foi a sexta geração do Polo. Em janeiro do ano que vem será a vez do Virtus e na sequência a reestilização do Golf.
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Há ainda a picape intermediária (acima da Saveiro) e o SUV compacto T-Cross, também derivado do Polo.
No grupo dos importados estão os mexicanos Tiguan e Jetta - ambos de nova geração - além dos ‘argentinos’ Amarok V6 e o Tharu, um SUV que ficará entre o T-Cross e o Tiguan.
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