O T-Roc é a principal atração da Volkswagen no Salão de Frankfurt, na Alemanha, que abriu as portas para a imprensa nesta terça-feira (12). E, ao contrário do que se imaginava, o SUV de porte compacto-médio está fora dos planos da marca para o Brasil.
O modelo, que faz sua estreia mundial, era o mais cotado para formar a trinca de utilitários que a fabricante alemã irá lançar no mercado nacional nos próximos anos.
Ao lado dele estará o compacto T-Cross (SUV do Polo), com cidadania brasileira, e o médio Tiguan AllSpace (7 lugares), importado do México, ambos programados para 2018.
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Porém, pesou contra o fato de o T-Roc ser quase do mesmo tamanho do T-Cross, o que faria ambos brigarem pelo mesmo público e até faixa de preço. A solução para encaixar um produto num patamar intermediário, sem pisar no terreno dos modelos irmãos, pode estar dentro do Grupo Volkswagen: o Skoda Karoq.
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O SUV da marca subsidiária checa também faz sua estreia mundial e serviria de inspiração para o projeto Tharu. A princípio seria importado da Argentina, mas a montadora ainda estuda um local de produção, não está descatado, por ora, uma possível cidadania brasileira.
Com 4,83 m de comprimento, Karoq tem porte semelhante para brigar com um conconcorrente de peso, o Jeep Compass. O presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, porém, esquivou-se em Frankfurt ao ser perguntando sobre a opção caseira da Skoda. “Talvez”, disse num primeiro momento para depois afirmar que não está nada certo e que não não falaria sobre planos futuros da marca.
Confimou apenas que o novo SUV será construído sobre a plataforma MQB, a mesma do Golf, e que Tharu não é o nome oficial, mas sim o codinome usado internamente para se referir ao futuro modelo.
Motorização
O modelo não tem o mesmo porte e refinamento do Tiguan, o que impacta diretamente no preço menor. Na Europa contará com o motor 1.5 TSI, de 150 cv, que acaba de estrear no Golf reestilizado, e traz tecnologias avançadas, como desativação de cilindro.
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No Brasil é provável que utilize o propulsor 1.4 TSI Flex, de 150 cv, que já equipa o Golf no país. Quem sabe, poderia emprestar também o 2.0 TSI, de 200 cv, numa versão topo de linha.
A tropicalização motivaria a troca do câmbio automatizado DSG de 7 marchas pelo automático Tiptronic de 6 velocidades, além, é claro, de assumir a identidade visual da Volkswagen no lugar da cara de Skoda.
David Powels aproveitou para sacramentar o fim da linha para o Tiguan de cinco lugares em solo nacional. “Não há espaço para Tiguan e T-Cross no mercado brasileiro. Vamos finalizar a venda da atual geração no próximo ano. Ficará apenas o Tiguan AllSpace, de sete lugares”, ressaltou.
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