O presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels, anunciou nesta terça-feira (13) que a produção mensal da marca dará um salto de 35 mil para 50 mil unidades entre outubro e novembro. A montadora pretende repor o estoque consumido durante a paralisação nas fábricas do grupo.
No início de julho a fabricante rescindiu o contrato com um grupo de fornecedores responsável por entregar partes usadas na confecção de bancos e na armação de carrocerias.
O imbróglio, na verdade, se arrasta há mais cinco meses e neste período a VW deixou de produzir 150 mil unidades da sua linha de automóveis.
Powels admite que está sem estoque suficiente para abastecer a rede de concessionárias e que, por isso, a marca acabou perdendo mercado. Já as lojas viram os clientes desistirem da compra pela falta de produtos. Situação que deverá ser normalizada, segundo o executivo, com o aumento na velocidade da produção nos próximos dois meses.
Nesta semana, os funcionários começam a retornar ao trabalho depois de um mês em férias coletivas. As unidades de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, de Taubaté (SP) e de São Carlos (SP) voltam a operar normalmente nesta quinta-feira (15).
Na matriz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a retomada está marcada para a próxima terça-feira (20). Com isso, Powels prevê a produção se regularize em no máximo duas semanas.
O presidente também adiantou que a Volkswagen está em processo de substituição do grupo de fornecedores com que trava uma disputa comercial - a marca fez anúncio em jornais a procura de fabricantes de autopeças nacionais.
“Nós tivemos durante os últimos vinte meses muitos problemas com um grupo de fornecedores. Agora, estamos resolvendo. Não quero falar mais sobre esse assunto, mas foi um problema durante um longo período”, resumiu o executivo sul-africano.
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