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Em 2020, o Gol completará 40 anos de mercado brasileiro. E o emblemático aniversário marcará também a sua aposentadoria após uma trajetória de sucesso que começou em 1980. A Volkswagen anunciou que terá um novo hatch compacto. É um modelo global, desenvolvido na América do Sul - leia-se Brasil -, que representará o novo ciclo de investimento da marca no país, uma vez que –o atual, de R$ 7 bilhões, será encerrado em 2020.

O anúncio da novidade foi feita por Herbert Diess, presidente mundial do grupo Volkswagen, que esteve no Brasil esta semana para reuniões com a diretoria da empresa e também concessionários e representantes de sindicatos.

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O  executivo afirmou que o novo modelo de baixo custo será fabricado por aqui e atenderá primeiro aos mercados da América Latina. Numa segunda fase poderá ir para outras regiões, seja por exportação ou produção local.

Ele irá substituir a geração atual do Gol, que acaba de receber uma versão com câmbio automático. Há possibilidade de o nome Gol ser mantido, mesmo se tratando de um automóvel completamente novo. 

Na conversa com os sindicalistas, Diess deixou claro que precisa da contribuição de todos para que o projeto seja economicamente viável. "A fábrica precisa ser muito competitiva", afirmou o presidente da VW, sem dar detalhes sobre qual das três plantas estaria mais apta para o projeto.

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Para produzir o novo Polo e o Virtus em São Bernardo do Campo (SP), a empresa também fez acordos com os trabalhadores que, em razão da crise, abriram mão de reajustes salariais e, por um tempo, aceitaram trabalhar com jornadas e salários reduzidos.

Diess afirmou ainda que, nos piores momentos da crise, a direção mundial da Volkswagen chegou a pensar em fechar uma de suas três fábricas de automóveis no Brasil. Com capacidade para 800 mil veículos por ano, em 2016 a produção beirou 300 mil unidades. "Mas já decidimos que vamos manter a capacidade atual", afirmou.

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Foco nos utilitários

O SUV compacto T-Cross começará a ser produzido no Paraná até o fim do ano.

O plano de investimento para o período de 2017 a 2020, de R$ 7 bilhões, não inclui aumento de capacidade. Prevê modernização das fábricas e 20 lançamentos, dos quais faltam dez. 

O foco principal são os utilitários esportivos, segmento que mais cresce em vendas no país e do qual a marca não participa com produtos locais. Serão cinco novos SUVs. Um deles, o T-Cross, será produzido na unidade de São José dos Pinhais (PR) no fim do ano para início de vendas no primeiro semestre de 2019. Uma nova picape também será apresentada em novembro.

Confiante no desempenho da marca no Brasil, onde as vendas de janeiro a julho cresceram 34%, para 197,8 mil unidades, enquanto o mercado total teve alta de 14%, Diess espera retorno da empresa à lucratividade no próximo ano. A Volkswagen opera no vermelho na América do Sul desde 2013. O Brasil, sozinho, responde por quase 70% das vendas na região.

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