A Volkswagen está disposta a dar a volta por cima no mercado brasileiro e retomar a liderança em vendas no país, na eterna briga com Chevrolet e Fiat. A montadora aos poucos revela uma série de lançamentos, boa parte inéditos, que chegará ao mercado nos próximos anos.
O presidente da Volks no país, David Powels, confirmou dois novos SUV’s para o Brasil, além do Tiguan AllSpace (7 lugares), que estreia no início de 2018 importado do México.
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Também admitiu que a marca terá uma nova picape, sem dar maiores detalhes. No entanto, é certo que terá um porte intermediário, entre a Saveiro e a Amarok, para brigar no segmento de Fiat Toro e Renault Oroch.
SUV do Golf no Paraná
Um dos SUV’s será feito em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, e usará a multiplataforma MQB, a mesma do Golf, do A3 Sedan e do Q3, todos já feitos no Paraná.
O modelo, no caso, deverá ser o T-Roc e não T-Cross como se imaginava e que será o outro SUV brasileiro, criado a partir da variante menor da MQB, a MQB-A0, a mesma do novo Polo e do Virtus.
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O T-Roc já foi flagrado quase sem disfarce e a deverá ser revelado oficialmente no Salão de Frankfurt, em setembro. Ele substituirá o Tiguan vendido atualmente no Brasil (primeira geração) e que vem importado da Alemanha.
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Já o T-Cross, que se encaixa na categoria de crossover, será mais compacto e brigará com Honda HR-V, Hyundai Creta e Jeep Renegade, além de Nissan Kicks e Ford EcoSport. Dividirá com Polo e Virtus a linha de montagem na unidade de São Bernardo do Campo.
Surfar no sucesso da Toro
Quanto à nova picape, a produção ocorrerá em Pacheco, na Argentina, de onde já saem os modelos SpaceFox e Amarok. Ela será construída sobre a plataforma MQB-A0.
A Volks mira essa novo segmento de picapes intermediárias e surfar no sucesso da Fiat Toro, o nono carro mais vendido no país no primeiro semestre deste ano e líder de emplacamentos entre os modelos com caçamba, com mais de 5,5 mil unidades licenciadas em junho.
Sobre motor, deverá adotar os mesmos motores da T-Cross, no caso o novo motor 1.0 TSI na versão de entrada, e nas mais caras o conhecido 1.4 TSI, de 150 cv, já usado pelo Golf e outros modelos da marca.
Reorganização das fábricas
Desta forma, a Volkswagen planeja reorganizar a produção, com cada planta da marca responsável por um grupo de veículos.
A de São José dos Pinhais ficaria com os produtos da plataforma MQB, que também poderá absorver a produção nacional do Q2, crossover que é a aposta da Audi para virar o seu best-seller de vendas no mundo e, é claro, no Brasil.
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O ABC paulista, por sua vez, ficaria com a MQB A0 e a unidade de Taubaté com os demais automóveis, incluindo o Gol, que deixará de ser feito em São Bernardo.
A Volkswagen encerrou o primeiro semestre com 12,6% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves, atrás da General Motors (17,7%) e da Fiat (13,6%).
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