A reencarnação do antigo Fusca não terá vida longa como o seu antecessor. O Beetle está prestes a se aposentar após 20 anos de mercado. A Volkswagen pretende abrir mão de uma nova atualização do carro, que ainda usa a plataforma da sexta geração do Golf - lembrando que hatch médio está na sétima.
A marca considera o Fusca, como passou a ser chamado no Brasil após a chegada da atual geração, em 2012, como um veículo ‘de imagem’ e muito segmentado. Isso bate de frente com o plano de reestruturação financeira e da catálogo da Volks após o prejuízo com o escândalo do ‘Dieselgate’.
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Sem contar que o modelo vende pouco no mercado mundial. Por aqui, o cupê com motor 2.0 turbo, de 211 cv e câmbio DSG de 6 marchas. , começa em R$ 124.700 e chega a ultrapassar a R$ 170 mil quando recheado de opcionais. Em outros países, a procura maior é pelo Beetle Cabrio (ausente no Brasil), o que significa uma chance de sobrevivência na carroceria conversível.
O Fusca sairá de cena juntamente com o Scirocco, um cupê lançado em 2009, feito sobre a mesma base do Golf antigo, e que também é estiloso demais para a nova fase da montadora. No primeiro trimestre o Beetle alcançou vendas de 5.700 unidades na Europa e o Scirocco, apenas 2 mil carros.
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Arno Antlitz, membro do conselho da VW, teria dito em reunião anual que o “Beetle e o Scirocco são os representantes de uma classe de veículos emocional, mas não há indícios de que eles continuarão em próxima geração".
Ainda segundo o executivo, o espaço de modelos 'emocionais' será preenchido pelos novos elétricos da fabricante.
Há rumores também que a Volkswagen deva vender a Ducati para recuperar parte da perda bilionária com os efeitos do Dieselgate . A gigante alemã teria até sondando potenciais compradores da fabricante italiana de motos.
No escândalo das emissões de poluentes, a fabricante foi obrigada a recomprar de centenas de milhares de modelos a diesel da marca, como forma de compensar os antigos donos.
O primeiro Fusca surgiu em 1936 e sua última unidade foi produzida no México, em 2003. No Brasil, ele chegou em 1950, passou a ser produzido por aqui a partir de 1959 até 1986. Em 1993, volta como Fusca Itamar, mas sai de linha no país três anos mais tarde.
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