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O design é um pontos altos do XC 60, que combina os conceitos de utilitário esportivo e station wagon. A Volvo projeta o modelo como futuro líder no segmento crossover premium| Foto:

Agressividade de um cupê

"Agilidade de cupê, mas com recursos de utilitário". Assim a marca pretender vender o crossover XC 60. Na avaliação por 80 quilômetros entre São Paulo e Mogi das Cruzes, a reportagem pode constatar que a definição procede. Basta pisar no acelerador com vontade que o Volvo despeja toda a força dos 40,8 kgfm de torque e chega rapidamente aos 100 km/h. Apesar de toda a potência, o modelo fabricado na Bélgica tem um comportamento dócil e silencioso – o ronco do motor só é sentido nos giros mais altos. Ele responde com fidelidade aos comandos do motorista, mostrando-se muito bem acertado na suspensão, mesmo em curvas mais fechadas.

Para se divertir um pouco mais, o condutor tem a disposição a troca sequencial (manualmente) em seis velocidades ou a automática na posição S (Sport). Nas duas condições, o carro fica extremamente esperto e deverá seduzir os fãs de esportividade. A média de consumo apontada pelo computador de bordo foi de 7,5 km/l, usando gasolina, único combustível aceito.

Mesmo com 30 cm a menos que o irmão maior XC90, o XC60 oferece espaço de sobra para cabeça e pernas e leva tranquilamente passageiros com mais de 1,80 m nos bancos traseiros.

Nos testes para avaliar o desempenho do City Safety, em uma pista com obstáculos de plástico, foi possível constatar a eficiência do sistema em linha reta, com aceleração até 25 km/h. O XC 60 parou automaticamente, e totalmente, a poucos centímetros do objeto. A freada foi relativamente brusca, mas nada que incomadasse comparado aos danos que colisão poderia causar.

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As lanternas traseiras elevadas e com desenho vertical dão um toque futurista ao veículo
Carro não terá GPS integrado ao painel; opcional será vendido nas concessionárias
Sistema de alerta de pontos cegos está disponível nas versões Dynamic e Top
Painel vazado segue o estilo visto no hatch C30
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São Paulo (SP) - O carro que evita sozinho uma colisão em baixa velocidade é a principal aposta da Volvo para fazer do XC 60 o líder do segmento crossover premium no Brasil – modelos que misturam características de dois ou mais tipos de carro e com preços acima de R$ 100 mil. No discurso de lançamento, na semana passada, os executivos da marca não pouparam otimismo ao projetar o veículo à frente do Hyundai Santa Fé, Ford Edge, Land Rover Freelander 2, entre outros concorrentes da categoria, na preferência do consumidor nacional. Considerando o que o XC 60 tem a oferecer, não é de se menosprezar a pretensão da Volvo.

O modelo chega em três versões de acabamento – XC60 Comfort (R$ 138,5 mil), XC60 Dynamic (R$ 158 mil) e XC60 Top (R$ 168 mil) – preços na Euro Import, em Curitiba. Todas equipadas com o motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha de 289 cv, transmissão automática de seis velocidades e tração integral. A Volvo é conhecida mundialmente por produzir alguns dos automóveis mais seguros do mundo. E o XC 60 aparece como o mais confiável da marca neste quesito, segundo a própria montadora.

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O sistema anticolisão, disponível nas três configurações do XC 60, foi batizado de City Safety (algo como "segurança na cidade" em inglês). Ele diminui os riscos de batidas no trânsito urbano com velocidade inferior a 30 km/h – situação na qual, de acordo com pesquisas da montadora, ocorrem 75% dos acidentes. Um sensor a laser, instalado na altura do espelho retrovisor interno, é responsável por detectar veículos e outros objetos situados em distância de até 10 metros à frente do XC 60. O City Safety ajuda a evitar (até 15 km/h) ou reduzir (de 16 km/h a 30 km/h) a gravidade da colisão freando o carro automaticamente. Ao mesmo tempo, as luzes de freio são ativadas para alertar os demais carros.

O ângulo de varredura do sistema, porém, é restrito (27º). O mecanismo não serve para segurar o veículo num movimento em diagonal (por exemplo, numa mudança de faixa). Também não é capaz de reconhecer motocicletas e pedestres.

O XC 60 vem equipado ainda com sensores nos retrovisores externos que detectam a presença de objetos no "ponto cego" e acendem uma luz de advertência na coluna A. Chamado de BLIS, é ideal para "avisar" a proximidade de motos e a ultrapassagem de outro veículo (não está disponível na versão de entrada). O pacote de segurança se completa com o controle de estabilidade e de tração, sistema anticapotamento e air bags duplos frontais, laterais e do tipo cortina (para a cabeça). Também traz proteção contra impactos laterais e lesões na coluna cervical (efeito chicote).

Outro ponto forte do crossover é o design, que mescla conceitos de station wagon com utilitário esportivo. A dianteira é imponente, suavizada pelas lanternas verticais colocadas entre os faróis e a grade, e uma traseira elevada, onde as lanternas de desenho peculiar (vertical) dão o toque mais futurista. Entre itens de conforto, destaque para os bancos de couro com regulagem elétrica e memória para o motorista, volante com comandos do som e do lito automático, freio de estacionamento elétrico e ar-condicionado eletrônico. As versões Dinamyc e Top trazem ainda sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, bancos com regulagem elétrica para o passageiro, Bluetooth e faróis Bi Xenon. O teto solar panorâmico está disponível apenas na configuração Top.

A expectativa da marca sueca é emplacar cerca de 100 unidades do crossover importado por mês. Isso significa superar o inovador hatch C30, até então o produto mais bem-sucedido da Volvo no Brasil, com 70 unidades/mês vendidas. Um primeiro lote de 400 exemplares do XC60 já está totalmente vendido. Quem quiser comprá-lo terá que esperar de 15 a 60 dias dependendo da versão.

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O jornalista viajou a convite da Volvo do Brasil.