Negócios
Vinda de nova marca para o Brasil ainda está sendo avaliada
Em setembro do ano passado, durante o Salão de Hannover, na Alemanha, o presidente do Grupo Volvo América Latina, Roger Alm, disse que o grupo estudava a possibilidade de trazer para o mercado brasileiro outras marcas de caminhões que representa, além da Volvo, como Renault, Mack e UD. Os veículos dessas marcas são vendidos em outros países da América Latina.
Na semana passada, durante a apresentação da nova linha VM, Alm reforçou que a entrada no Brasil de uma segunda marca é um projeto que o grupo está conduzindo e avaliando a possibilidade. Ele afirmou que a Volvo vai falar sobre o assunto quando for tomada uma decisão, que é "muita estratégica".
Conveniente
Lá em Hannover, o presidente do grupo explicou que, até agora, foi mantida apenas a marca Volvo no mercado brasileiro porque a avaliação era de que essa situação estava conveniente para o país e também porque a implantação de uma segunda marca exige um investimento alto.
Às vésperas da Fenatran, o Salão Internacional do Transporte, que será realizado em São Paulo entre os dias 28 de outubro e 1.º de novembro, a Volvo apresenta seus novos caminhões da linha VM, voltados para o segmento rodoviário. Os modelos 4x2, 6x2 e 6x4 passaram por grandes mudanças externas e a montadora sueca ampliou a oferta ao transportador com os caminhões nas configurações 8x2 e 8x4, que garantem aumento da capacidade de carga.
Francisco Mendonça, gerente de caminhões VM da Volvo no Brasil, diz que a quarta geração dos veículos chega com preço 8% superior. O modelo mais vendido da linha, o 6x2, custa atualmente entre R$ 195 mil e R$ 210 mil. Já nos novos 8x2 e 8x4, o acréscimo no preço deve ser na casa dos R$ 40 mil, equivalente ao que o transportador paga ao comprar um caminhão 6x2 e colocar mais um eixo em um implementador. No entanto, completa Mendonça, comprando um caminhão com quatro eixos de fábrica, o cliente conta com toda a tecnologia da montadora, como suspensor e sensor de carga.
Bernardo Fedalto Júnior, diretor de caminhões da Volvo no Brasil, diz que os pedidos começam a ser aceitos durante a Fenatran e as entregas terão início em dezembro. A Volvo aposta em bons negócios. Segundo Mendonça, hoje a marca é muito competitiva em preço. "Já fomos a mais cara e hoje somos a segunda mais barata".
O presidente da Volvo América Latina, Roger Alm, lembra que a linha VM foi lançada em 2003, quando o mercado total do segmento era de 17 mil unidades e hoje chega a aproximadamente 55 mil. "Naquele ano a Volvo vendeu 342 unidades e este ano, no primeiro semestre, foram 4 mil, 47% mais do que no mesmo período do ano passado", afirma Alm. Isso dá à Volvo quase 12% de participação no mercado total. A expectativa da montadora sueca é que 2013 repita os bons resultados do ano passado.
Mudanças
A quarta geração da linha VM teve a frente da cabine redesenhada e agora tem novo para-choque e novo painel frontal superior, o que confere uma aparência muito próxima a dos novos caminhões FH lançados recentemente na Europa. Os faróis contam com luzes diurnas de LED em forma de "V", um elemento de identificação visual da marca. Por dentro, o painel traz algumas funcionalidades a mais.
O motor que equipa os caminhões da linha VM tem de 220 cavalos a 330 cavalos de potência, variando conforme a configuração. O câmbio mecânico é de 6 ou 9 marchas, mas o novo 8x2 tem, também, câmbio de 12 marchas. Na versão 8x4, as caixas de câmbio podem ter 10 ou 12 marchas. Sérgio Gomes, diretor de estratégia de caminhões do Grupo Volvo América Latina, lembra que a opção do câmbio I-Shift estará disponível para os clientes a partir do segundo trimestre de 2014. Dois caminhões com o I-Shift estarão expostos na Fenatran. A escolha dessa transmissão vai elevar o preço do caminhão. O montante não deve passar de 10% do valor do veículo.
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