Resistência
Caminhão encara teste no deserto
O cenário escolhido para a Volvo lançar seus novos caminhões foi o deserto do Atacama, no Norte do Chile, uma das regiões mais inóspitas do planeta. A opção pelo local foi justamente para mostrar a robustez do novo modelo. Segundo um dos engenheiros da montadora, parte dos testes de emissões e desempenho da nova linha VM foi feita no deserto com temperaturas oscilando entre 0°C durante a noite e quase 40°C durante o dia, com uma umidade relativa do ar em torno de 10%. A mensagem que a fabricante quer passar é clara: se resiste ao clima do deserto, o novo caminhão tira de letra os desafios das estradas brasileiras. A facilidade e o conforto de se dirigir um veículo pesado é surpreendente. A cabine é confortável como a de um carro de passeio. A sequência de marchas é rápida e a força do motor impressiona.
San Pedro de Atacama (Chile) - A Volvo apresentou ao mercado a terceira geração de caminhões pesados e semipesados da linha VM, a primeira da América Latina neste segmento equipada com motores da geração Euro5 que atende à legislação de emissões que passa a vigorar a partir de 1.º de janeiro de 2012 no Brasil.
A receita da montadora é aliar maior potência dos motores com baixo consumo, o que será possível com a implantação do sistema de Redução Catalítica Seletiva (SCR, na sigla em inglês). O sistema funciona com um tanque para o aditivo, que é injetado diretamente no sistema de escape, fazendo o tratamento dos gases (em especial o óxido de nitrogênio) no catalisador.
Os motores, por sua vez, serão disponibilizados em três novas potências: 220 cv, 270 cv e 330 cv, todos eles de seis cilindros. Os novos motores têm 10 cv a mais que as versões anteriores e elevam entre 8% e 18% o torque em relação aos correspondentes da segunda geração."O ganho de torque permite que o motorista use o veículo em sua melhor eficiência, com mais força, dirigibilidade e economia", diz o gerente de caminhões da linha VM, Reinaldo Serafim.
A nova tecnologia também dobra o tempo de troca de óleo do motor, de 20 mil para 40 mil quilômetros. "Isso representa maior disponibilidade do veículo e menor tempo de manutenção, o que reflete na produtividade", afirma o engenheiro de vendas da Volvo do Brasil, Ricardo Tomasi.
Internamente, a nova linha também sofreu mudanças, com painel mais moderno, computador de bordo com todos os comandos no volante ao alcance do motorista. Ainda no interior da cabine, outras novidades são tacógrafo digital, piloto automático e ajuste pneumático da coluna de direção.
"O VM está ainda melhor. Desenvolvemos um caminhão que contribuirá decisivamente para atender a todas as necessidades do transportador brasileiro", afirma o presidente da Volvo Latin America, Roger Alm.
Diagnóstico de emissões
Um dispositivo de diagnóstico de bordo (On Board Diagnosis, ou PBD, na sigla em inglês), implantado na nova versão da linha VM, fará o monitoramento em tempo real das emissões do motor, reduzindo o torque caso os nível de emissões ultrapassem o nível máximo permitido (3,5g/kWh). Neste caso,o motorista é alertado por um sinal luminoso no painel e por mensagens no computador de bordo. A partir daí, o motorista tem 48 horas para providenciar o reparo. "Caminhões têm um nível de emissões e nós temos a responsabilidade ambiental de reduzir isso ao máximo. Uma das soluções é o lançamento da nova linha, pioneira com motores Euro5", finaliza Alm.
O jornalista viajou a convite da Volvo do Brasil
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