Cross ganha recursos da Amarok
A Volkswagen decidiu incrementar a Saveiro Cross com alguns recursos eletrônicos disponíveis na picape média Amarok. A irmã menor emprestou os controles de estabilidade e de tração, ABS off-road e assistente de partida em rampa. Assim, o usuário poderá encarar trilhas e estradas enlameadas com mais segurança.
A intenção da VW é colocar a topo de linha da Saveiro para brigar em pé de igualdade com a Fiat Strada Adventure, equipada com o famoso Locker, bloqueio de diferencial que ajuda a encarar trechos esburacados. A Saveiro Cross ganhou o EDL, bloqueio eletrônico de diferencial, que freia a roda com menor tração e transfere o torque para a roda contrária.
Já com o controle de estabilidade (ESC) é possível contornar curvas, andar em pisos irregulares e desviar de obstáculos sem perder o controle do carro. A Cross 2015 também oferece o ABS off-road, que, ao contrário do ABS comum, que evita o travamento das rodas, na versão fora de estrada do dispositivo causa pequenos travamentos para criar uma "cunha" à frente e facilitar a frenagem. O recurso é acionado no painel, diferentemente do ABS, que está ligado o tempo todo.
Nova nomenclatura
Assim como Gol e Voyage, a Saveiro teve a nomenclatura das suas versões alterada. A de entrada ganhou o nome de Starline e a intermediária, de Trendline, além da Cross, topo de linha.
A Startline traz vidros e travas elétricas de série como principal novidade. Já a Trendline vem com direção hidráulica e pode ser equipada com um pacote opcional Active, que inclui sensor de estacionamento, faróis duplos e iluminação da caçamba, entre outros.
A Cross, além do novo motor, ganhou rádio Double Din com bluetooth e USB, volante multifuncional e kit Interativo, opcional, com piloto automático, retrovisor eletrocrômico e sensores de iluminação e de chuva.
O último adeus
A propaganda que marcou o fim da fabricação da Kombi, em dezembro de 2013, encerra com um vídeo sobre "o último desejo" do veículo que era produzido desde 1950. "Voltar para casa" é o tema do documentário, que termina com a ida da Kombi Last Edition, versão especial de despedida, ao seu lugar de origem a fábrica na Alemanha onde começou a ser produzida em 1950 (veja no YouTube, digitando Os Últimos Desejos da Kombi).
Na Europa e nos EUA os motores menores, de 1.0 a 1.4, deixaram de ser sinônimos de baixo desempenho, principalmente, pela presença do turbocompressor. O Fusion 1.0 EcoBoost (125 cv e 20 kgfm de torque) e Audi A1 1.4 TFSI (185 cv e 25,5 kgfm) são bons exemplos. No Brasil, os modelos nacionais precisam de blocos com capacidade cúbica bem maior para passar dos 120 cv de potência, pois não são sobrealimentados salvo o T-Jet turbo 1.4, da Fiat, que alcança 152 cv (21,1 kgfm).
Mas esse panorama já começou a mudar e virar uma tendência na indústria local. Em 2012, a Hyundai começou a fabricar o HB20 em Piracicaba (SP) com motor 1.6 16V de 128 cv e 16,5 kgfm. O Peugeot 208 1.6 16V, que chegou no início do ano passado, sai de Porto Real (RJ) com 122 cv (etanol) e 16,4 kgfm. Também em 2013, a Ford atualizou o motor Sigma 1.6 16V e deixou o New Fiesta, produzido em São Bernardo do Campo (SP), com máxima de 130 cv e 16 kgfm. Agora é a vez da Volkswagen não passar vergonha quando o assunto é potência. A marca apresentou esta semana um novo motor 1.6 16V, que estreia nas versões Rallye do Gol e Cross da Saveiro. São 120 cv (16,8 kgfm) abastecido com etanol e, curiosamente, 110 cv (15,8 kgfm) apenas com gasolina. O bloco deverá migrar em breve para os demais integrantes da linha do hatch e da picape, além de Voyage e Fox, aposentando assim o 1.6 8V atual, que oferece apenas 104 cv (15,6 kgfm).
A novidade, batizada de MSI e da mesma família do três cilindros usado pelo up! e Fox, consegue um desempenho semelhante ao do 2.0 que equipa o Jetta de entrada e que é um derivado dos motores usados no antigo Santana. O motor é considerado um dos mais modernos já feitos pela montadora no país. Segunda a VW, ele se destaca por propiciar uma sensação mais esportiva ao volante: 85% do torque está disponível quando o contagiros atinge 2 mil rpm.
O Gol Rallye 2015 acelera de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos contra 10,3 segundos da versão anterior com gasolina, os números são 9,9 segundos e 10,6 segundos, respectivamente. Já a Saveiro Cross está um segundo mais veloz, seja com etanol ou gasolina.
Topo de linha
Voyage mais requintado na versão Evidence
A novidade da linha 2015 do Voyage é a nova versão Evidence, que passa a ser a topo da linha do sedã. As vendas começam em abril e o preço ainda não foi divulgado. O modelo tem o mesmo conteúdo do acabamento Highline. Ele se diferencia dos demais na parte externa pelos frisos cromados nas laterais, rodas de liga leve aro 16" em nova tonalidade e adesivo preto na coluna B. Por dentro, o Voyage Evidence traz painel em cinza clara, revestimento dos bancos em couro Alcântara (de alta qualidade presente em modelos importados como o SUV Tiguan) e tapetes personalizados. De série, o modelo traz ar-condicionado, volante multifuncional, sensores de chuva e de iluminação e piloto automático. Sem mudanças na mecânica, o Voyage mantém os motores 1.0 e 1.6 flex, além dos câmbios manual e automatizado (este restrito ao 1.6 8V).
Reajuste - O preço da novidade
É claro que o novo motor resultará em um reajuste para cima na tabela. Os valores serão revelados nesta semana, mas é provável que o Gol Rallye parta de R$ 50 mil, ou R$ 1.030 a mais que a versão atual. A Volks também fez um leve upgrade na transmissão I-Motion, que recebeu um novo software de gerenciamento eletrônico. De acordo com a marca, o sistema promete garantir trocas mais rápidas e precisas. A linha 2015 oferece também a troca de marcha por paddle shifts (borboletas) atrás do volante.
O restante da família Gol segue sem grandes mudanças. Destaque para a versão de entrada, Trendline, que adota direção hidráulica de série. Há ainda novos pacotes de opcionais, que oferecem rádio com bluetooh e agregam um visual diferenciado ao carro, com acabamento interno exclusivo, adesivos externos e pedaleiras esportivas.
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