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A proposta da nova linha é ser uma moto fácil de pilotar e acessível, boa para quem está começando nas motos maiores. O motor não é agressivo, mas também não chega a ser lento | Gustavo Epifanio/Infomoto
A proposta da nova linha é ser uma moto fácil de pilotar e acessível, boa para quem está começando nas motos maiores. O motor não é agressivo, mas também não chega a ser lento| Foto: Gustavo Epifanio/Infomoto
  • Carenagem dá proteção aerodinâmica para encarar a estrada
  • XJ6F tem o mesmo motor e potência máxima é de 77,5 cv
  • Dianteira tem duplo disco
  • Cavalete central é de série
  • Novo modelo da Yamaha pode ser encontrado nas cores preta e branca
  • Confira a ficha técnica da Yamaha XJ6F

Mostrando que o segmento de motos de 600 cc é realmente a bola da vez do mercado brasileiro de motocicletas, chega às concessionárias Yamaha neste mês a XJ6F, versão com carenagem integral da naked XJ6. Com preço sugerido de R$ 31.720 (contra os R$ 27.500 da XJ6N), a versão F traz ainda cavalete central como item de série e promete conforto para as viagens.

A carenagem proporciona proteção aerodinâmica para encarar a estrada, desviando o vento em alta velocidade e cansando menos o piloto. O modelo ainda tem o apelo estético, já que confere um ar mais esportivo à média cilindrada da marca japonesa.

Porém, por baixo da roupagem a XJ6F tem exatamente a mesma base mecânica de sua irmã naked. Quadro tubular em aço e o motor de quatro cilindros em linha, duplo comando no cabeçote (DOHC), 16 válvulas e arrefecimento líquido. Projetado para oferecer força em baixos e médios regimes, tem uma curva de torque bem plana que atinge seu máximo, 6,1 kgf.m, a 8.500 giros. Feito para ser amigável e não esportivo, o propulsor produz 77,5 cv de potência máxima a 10.000 rpm.

Fácil de pilotar

A proposta da linha XJ6 é ser uma moto fácil de pilotar e acessível. Seu motor é "comportado", mas sem ser lento. Oferece um desempenho adequado e previsível para quem está começando nas motos maiores. Na versão "F", voltada para os motociclistas que buscam um modelo também para viagens, o motor consegue manter velocidade de cruzeiro – 120 km/h – sem dificuldade e também sem muitas vibrações. Um ponto positivo para o mototurismo.

Seus freios não são "esportivos", ou seja, não assustam o piloto. Com disco duplo, na dianteira, e simples, na traseira, o sistema oferece frenagens eficientes e de acordo com a proposta da moto.

O desenho do banco em dois níveis garante conforto para piloto e garupa. Com assento a 78,5 cm do solo, é fácil manobrá-la e o motociclista fica bem posicionado também em função do guidão plano e ergonômico. Outro detalhe importante é que se pode ajustar o guidão em duas posições – um pouco mais a frente para os mais altos. Em conjunto com a carenagem integral, basta abastecer o tanque de 17,3 litros, que deve oferecer uma autonomia razoável, e pegar a estrada.

Um ponto negativo, levando-se em conta sua proposta, é a ausência de um bagageiro na moto. Para levar a bagagem, o motociclista terá que investir em um bagageiro e baú, ou alforjes laterais. A Yamaha ainda não disponibiliza a linha de acessórios originais, porém há diversas opções de boa qualidade no mercado nacional.

Vale a pena?

O motociclista que escolher a Yamaha XJ6F em vez da naked vai levar a carenagem integral e cavalete central para casa, mas vai deixar mais dinheiro na concessionária: exatos R$ 4.220 a mais, além de ser cerca de 10 quilos mais pesada (215 kg é o peso da XJ6F em ordem de marcha).

Quer saber se vale a pena pagar mais? Se você for prático a resposta é fácil: sim, se você for viajar bastante com a moto. Não, se você vai andar na cidade diariamente e, vez ou outra, viajar de moto.

Mas como não é somente a praticidade que influencia a decisão de compra, alguns podem preferir a F pelo seu porte, outros a naked pelo se visual minimalista. Por enquanto a Yamaha aposta mais na XJ6N. Segundo a fábrica, serão produzidas 200 unidades por mês da versão "pelada" e cem da carenada.

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