O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a Casa formará uma comissão externa para acompanhar a investigação da morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada nessa quarta-feira (14) no centro do Rio de Janeiro.
“Acho importante a Câmara participar também, já que foi o assassinato brutal de uma parlamentar municipal. É importante que a gente possa continuar cumprindo nosso papel e fiscalizando os atos”, afirmou Maia. O pedido foi apresentado pelas bancadas do PSOL, partido da vereadora, do PT, do PCdoB e do PSB.
“Solicitamos que a Câmara dos Deputados acompanhe diretamente a investigação e organize outra investigação com a presença da sociedade civil. Não acreditamos mais nas autoridades constituídas para construir a paz”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) em sessão solene que registrou a presença de 338 parlamentares nesta quinta-feira (15).
LEIA MAIS: ‘Ou é utopia ou é Renan Calheiros’: líder da Frente Pela Renovação diz que 2018 é o ano da mudança
Aos gritos de “Fora Temer”, “Fora Rodrigo Maia” e pelo fim da Polícia Militar, manifestantes que acompanharam a sessão cobraram celeridade nas investigações. “Marielle subiu essa semana à tribuna e disse ‘Para onde eles vão apontar os fuzis?’ Apontaram para Marielle”, afirmou a deputada Érika Kokay (PT-DF). “Essa bala foi azeitada pelo golpe que esse parlamento deu. Essa bala foi azeitada com os fios do golpe que está em curso nesse país.”
Marielle Franco foi atingida por ao menos quatro tiros dentro do carro em que estava. O motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu.
