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(Foto: Reprodução/Facebook)
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Autorizado a voltar à Câmara há duas semanas, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) tem usado as redes sociais para fazer transmissões ao vivo a seus seguidores sobre o dia a dia na prisão. Preso desde fevereiro, Rodrigues cumpre pena em regime semiaberto no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por fraude e dispensa de licitação.

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Em um dos vídeos, publicado na última quarta-feira (13), o parlamentar mostra uma carteira feita por um dos detentos com embalagens recicladas de leite achocolatado. “Lá [na Papuda], toda semana, cada um pode ter R$ 100 em dinheiro: R$ 100 para gastar a semana inteira. Eu gastava uns R$ 50, R$ 60, R$ 70…”, conta, ao exibir o artesanato (veja a transmissão abaixo).

Em outro, postado na sexta (15), Rodrigues afirma que ressuscitou ao deixar a prisão. “A prisão é uma morte antecipada. Depois tem a ressurreição. O que é a ressurreição? É quando a pessoa cumpre a pena, volta à liberdade e tem a oportunidade de ser melhor”, explica, declarando que acreditou ter morrido ao chegar na Papuda.

“Quando tu entra, tu vê aquele monte de gente, tudo de branco. Aí, [quando] você entra e não caiu a ficha que tu tá preso. Tu não sabe, tu não imagina que vai estar preso. Dali a pouquinho tu começa a pensar: será que eu não morri? Dá a impressão de que tu morreu porque todo mundo [está] de branco.”

Durante a transmissão, Rodrigues narra que passou por “uma bateria de exames” e confere os resultados com seus seguidores. “Se Deus quiser, pelo menos isso tem que estar dando certo. Se os exames de saúde estão errados, ‘tamo’ morto, né? Devem estar melhores porque ó: [foram] quatro meses no recolhimento, no quartel general… Perdi peso… Isso ajuda.” O vídeo mais popular, de terça-feira da semana passada (12), conta com 40 mil visualizações.

Regras de trabalho

Nessa segunda-feira (18), a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, estabeleceu que João Rodrigues deverá ser liberado pela direção da unidade prisional às 8h, com retorno até às 19h30. Caso as sessões ultrapassem o horário, o parlamentar deverá comprovar a situação no retorno à unidade prisional mediante certidão emitida pela Casa.

Cury também fixou que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados deverá encaminhar mensalmente ao presídio cópia do registro eletrônico de frequência, informando ao Juízo atrasos e ausências. Dentre outras regras, o deputado poderá almoçar em restaurantes a, no máximo, 100 metros da Câmara, e estará impedido de receber visitas no horário de trabalho.

Posted by João Rodrigues on Wednesday, June 13, 2018

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