Preso em regime semiaberto, o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC) afirmou que será candidato à Câmara em 2018 em consideração ao “apelo da população e dos líderes” de Santa Catarina.
Rodrigues cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde fevereiro, mas reassumiu o mandato parlamentar em junho após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
No retorno à Câmara, o deputado chegou a afirmar à imprensa “que não se sentiria no direito” de tentar a reeleição porque “o eleitor brasileiro tem que votar naquele que é ficha limpa”. Agora, diz que voltou atrás após a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos que o colocou em sexto lugar na disputa ao governo catarinense.
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“Santa Catarina entendeu que eu sou vítima de uma grande injustiça. Eu quero dizer: me aguardem. Assim que eles me absolverem, serei um dos mais votados do estado novamente”, afirmou à Gazeta do Povo. “A honra de um homem público se lava com a opinião pública e com o voto das pessoas. Eu vou para o segundo julgamento: o do júri popular.”
Rodrigues aparece em sexto lugar com 0,6% dos votos em pesquisa espontânea ao governo do estado feita pelo Grupo RIC SC em parceria com a Associação de Diários do Interior (ADI-SC) entre os dias 15 e 21 de junho. “Eu me coloco na situação daquela dona de casa que roubou uma margarina e foi presa, enquanto o sujeito que roubou o banco foi liberado”, diz.
O deputado tenta reverter no Supremo a decisão que o condenou a cinco anos e três meses de prisão por fraude e dispensa e licitação — crimes cometidos em 1999, quando era prefeito interino de Pinhalzinho (SC). A defesa sustenta que os crimes estão prescritos e que houve “erro formal” no processo de licitação.
Apesar do discurso de que é inocente e de que buscará justiça nas urnas, Rodrigues nega paralelos com o ex-presidente Lula (PT) — preso desde abril em Curitiba. Na terça-feira (3), o petista reafirmou, em carta aberta lida pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que sua candidatura será registrada em 15 de agosto.
“Não tem uma delação ou um depoimento contra mim. Não tem um documento que eu assinei e, para completar, a própria Justiça diz que não há dano ao erário público”, defende-se. “No caso do presidente Lula, com todo o respeito, o que se fala é em desvio de alguns bilhões de reais dos cofres públicos.”
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