Mal os cubanos deixaram seus postos de trabalho, a Paraná Pesquisas decidiu sair perguntando o que o brasileiro acha das declarações de Jair Bolsonaro que fizeram o governo cubano ordenar a volta dos médicos e da solução encontrada pelo governo Temer.
A pesquisa foi realizada por telefone, entre 23 e 26 de novembro, ouvindo 2138 cidadãos maiores de 16 anos em 172 municípios dos 26 Estados, além do Distrito Federal. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Embora nem todos os brasileiros ainda não tenham assumido os postos para os quais se candidataram – o prazo final é em 14 de dezembro -, tudo indica que foi uma decisão acertadíssima de Jair Bolsonaro.
Se houve polêmica na imprensa sobre a atitude do presidente eleito, a população parece confiante na decisão. Mesmo nos estratos de população menos favoráveis à ação – mulheres, idosos e pessoas que estudaram até o Ensino Fundamental – a aprovação passa da casa dos 60%.
Já quanto à capacidade técnica dos cubanos, quem não usa o serviço parece ter uma pior avaliação do que quem usa. A pergunta foi: “Pelo o que o Sr(a) sabe ou ouviu falar, os(as) médicos(as) brasileiros(as) são mais preparados(as), menos preparados(as) ou igualmente preparados(as) aos/ às médicos(as) cubanos(as)?”. No geral, um pouco mais de 50% acham que os brasileiros são melhores, um pouco mais de 30% que são iguais e o resto se divide entre quem acha piores e quem não sabe. A única mudança é entre quem tem diploma de nível superior, estrato em que chega a 60% os que afirmam a superioridade dos brasileiros sobre os cubanos.
A população está confiante de que o novo Mais Médicos, implementado por Michel Temer, conseguirá suprir as vagas deixadas pelos cubanos. Embora haja pequenas variações (mulheres, idosos e pessoas com Ensino Fundamental sempre desconfiam mais do sucesso dos governos), o número dos que acreditam no sucesso passa dos 60% enquanto os que apostam no fracasso não somam nem 15%.
De acordo com a pesquisa, as exigências do presidente eleito para a continuidade do programa, validação do diploma e entrega integral do salário aos cubanos, foram vistas como muito razoáveis. Mais da metade da população considera que a culpa pela retirada dos médicos é do governo de Cuba, não do Brasil. Já entre os que citam políticos brasileiros, a culpa é dividida entre Jair Bolsonaro – quase 30% – e Michel Temer – em torno de 10%.
É interessante notar que a classe médica, tão malhada nas redes sociais desde que o caso do Mais Médicos veio à tona, foi poupada pela população. O número de pessoas que credita aos médicos, sejam cubanos ou brasileiros, a culpa pelo ocorrido é de 3,4%, menor até do percentual daqueles que não têm opinião ou não querem falar do assunto.
Resta aguardar 14 de dezembro e torcer para que a esperança do povo brasileiro se torne realidade. O arquivo completo com a pesquisa pode ser baixado clicando AQUI.
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