Nesta “hora mais escura”, grande parte da Europa já estava sob controle das tropas de Adolf Hitler e seus aliados, incluindo a França. Os EUA continuavam vendo seus aliados históricos caindo mas mantinham a posição de neutralidade no conflito. A Inglaterra era o único real empecilho para a vitória final do nazi-fascismo. E é esta a dívida eterna e impagável que nossa civilização tem com o povo britânico. Mas especificamente, com Winston Churchill.
Em 125 minutos, Darkest Hour mostra as pressões políticas sofridas pelo grande nome do séc. XX para que a Inglaterra aceitasse um armistício humilhante com a Alemanha e, na prática, fosse anexada como a França. Hitler contava com simpatizantes no parlamento britânico e até na família real e tudo levava a crer que uma capitulação poderia preservar a ilha de uma invasão. Menos para Churchill.
Historiador, intelectual, escritor e orador sem paralelo, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1953, Churchill usa sua arma mais poderosa para liderar a nação: a língua inglesa. Com um discurso arrebatador e irresistível, diz ao parlamento e à nação que defenderá a ilha “a qualquer custo”, que lutará em todos os lugares e que nunca se renderá. Se estas palavras não fossem ditas naquele instante, você não estaria lendo este texto agora.
Darkest Hour é um bom filme que se faz urgente e obrigatório quando o Ocidente parece ter perdido a referência do bem e do mal, caindo nas armadilhas satânicas do relativismo, do politicamente correto, do multiculturalismo suicida, do liberalismo antiliberal disposto a rifar a civilização Ocidental para quem pagar mais.
O heroísmo de Churchill é a lembrança da importância fundamental do herói, de quem arrisca a própria segurança em nome de um bem maior que ele mesmo, para a sobrevivência da civilização mais livre, próspera e justa já criada pela humanidade.