Empresário e um dos grandes mobilizadores da cena eletrônica no Brasil, Ricardo Flores, sócio do club Green Valley de Camboriú em Santa Catarina, concedeu entrevista para o Blog e falou sobre como começou na noite, sobre o Green Valley e além de contar um pouco sobre como surgiu o Festival Dream Valley, anunciou em primeira mão umas das atrações do festival! Confira a entrevista!
Dan Polastri – O grupo GV é formado por vários empreendimentos voltados à música eletrônica, Green Valley, Dream Valley Festival, Club 2Me, eventos itinerantes pelo país e fora também como Gramado, World Tours. O próprio Green Valley já foi eleito o Club #1 do mundo pela DJ Mag e à anos está no topo desta lista. Como se deu todo este sucesso?! Quando começou a trabalhar na noite, já imaginava que chegaria ao ponto que está hoje?!
Ricardo Flores – Sempre soube que a música me guiaria onde quer que eu chegasse. Minha dedicação desde as primeiras festas, há quase 15 anos, sempre gerou resultados que me impulsionou cada vez mais pra frente. Mais importante que imaginar que eu chegaria até aqui é a vontade constante que tenho de ir ainda mais longe, de ousar ainda mais quando a questão é música eletrônica. Além destes empreendimentos tenho outros projetos e acredito muito no potencial do Brasil como principal polo da música eletrônica mundial nos próximos anos.
Dan – Como foi o surgimento do Green Valley? Quais desafios vocês enfrentaram no início para criar toda esta cultura da música eletrônica envolvida com o club que existe hoje na região de Balneário Camboriú?
Ricardo – O Green Valley foi pensado, planejada, por isso as dificuldades, embora muitas, também foram tratadas sempre de forma profissional e logo superadas. Construímos um club que atendia às necessidades da região, por isso, logo ganhamos destaque na região e depois projeção nacional e internacional. Vale ressaltar nesta questão, que algumas dificuldades do inicio se estendem até hoje, quase sete anos depois, como a questão de liberações e horário de funcionamento das festas.
Dan – A marca Green Valley hoje é muito conhecida, principalmente no sul do país. Como é a receptividade do público de outras regiões ao conceito das festas produzidas pelo GV? Estes eventos tem trazido público de outros estados para o Club em SC?
Ricardo – Sim, e além e vários estados estarem sempre representados nas nossas festas tanto no club em Camboriu, quanto nos demais eventos do Sul, realizamos ano passado uma festa em Recife que comprovou o quanto a marca já tem reconhecimento nacional. A festa no nordeste era um desafio, mas fomos muito bem recebidos com evento lotado e, inclusive, há solicitação de importantes empresários do entretenimento de outros estados do Brasil para que a etapa nacional da WorldTour os privilegie com eventos assinados pelo Green Valley.
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Dan – Recentemente vocês produziram mais uma edição da World Tour na Croácia, como é ter o nome do club quebrando as barreiras do país? Muito brasileiros que vivem no exterior marcam presença nestes eventos?
Ricardo – Toda grande bandeira de clubs de música eletrônica precisa ultrapassar os muros de seu país para se consolidar neste universo que é global, completamente sem fronteiras, até porque a música tem este perfil universal. Sendo assim, quando chegamos no exterior com festas em lugares tão críticos da cena, como a Croácia, percebemos que também fazemos parte das grandes bandeiras que, até então tinham suas maiores representantes na Europa. Para nossa surpresa não so os brasileiros comparecem às festas por causa da marca Green Valley, mas, muitos estrangeiros conhecem a marca e o fato de ela ser brasileira, desperta muito desejo. Após termos sido eleitos o nº1 na lista dos Top 100 Clubs da Dj Mag inglesa em 2013, o mundo passou a nos enxergar com muita curiosidade e, sobretudo respeito.
Dan – Falando um pouco agora sobre o Dream Valley, que terá sua terceira edição neste ano no Beto Carrero World. Como foi tirar do papel esta ideia e ter um evento de grande porte a nível nacional? Muitas vezes quem frequenta o festival nem imagina os desafios que existem em criar algo deste tamanho. Foi a concretização de um sonho? Qual foi a inspiração e onde o grupo GV quer chegar com o Dream Valley nos próximos anos?
Ricardo – A realização do Dream Valley Festival foi desafiadora e enfrentou grandes barreiras desde a sua primeira edição, no entanto, trata-se sim de um sonho meu que, através do Grupo GV e demais parceiros, saiu do papel e vem se aperfeiçoando a cada ano. Nesta terceira edição temos um evento mais maduro artística e estruturalmente, mas que desperta em todos os envolvidos nos bastidores o mesmo frio da barriga da estreia. E isso porque realizamos um evento grandioso, com proposta inovadora e sem precedentes no Brasil que a cada ano tem uma edição completamente única, tanto em sua estrutura quanto em sua parte artista a qual queremos que tenha muitas e muitas edição se consolidando num futuro não muito distante como o maior festival de musica eletrônica do Brasil.
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Dan – O line-up deste ano está sendo divulgado aos poucos e já temos grandes nomes da e-music anunciados, tanto artistas designados ‘comerciais’ quanto ‘undergrounds’. Como vê esta diversificação de estilos em um mesmo evento, para o mesmo público? No próprio Green Valley já podemos sentir estas mudanças no último ano, como vê isto, tem agradado o público?
Ricardo – Como club da América Latina de maior projeção internacional na historia da musica eletrônica, precisamos atender a todos os públicos, nos abrir aos mais variados ritmos, oferecer novidades de todas as vertentes. Por isso, em respeito ao nosso publico, estamos sendo cada vez mais ecléticos no Green Valley, o que já aconteceu nas duas edições do Dream Valley Festival e vai se repetir este ano. Assim, como nos anos anteriores teremos duas pistas no festival, a Dream Stage e a Mystic Stage dedicadas, cada uma delas, a uma vertente do e-music.
Dan – Agora para os leitores, que ficariam mega empolgados com isso, pode anunciar em primeira mão algum grande nome que o público está esperando para o Dream Valley deste ano?
Posso adiantar em primeira mão para os leitores do Aperte o Play o duo canadense DVBBS, que já se apresentou pelos maiores festivais do mundo e faz sua estreia no Dream Valley Festival.
DVBBS (pronuncia-se “dubs“), duo de música eletrônica canadense formado em 2012, composto pelos irmãos Chris Andre e Alex Andre. Foram reconhecidos internacionamlmente pelo hit em parceria com Borgeous intitulado “Tsunami“. O remix vocal de “Tsunami”, “Tsunami (Jump)“, com Tinie Tempah, alcançou o número 1 nas paradas do Reino Unido e Escócia.
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DVBBS & Borgeous feat. Tinie Tempah – Tsunami (Jump)
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