Depois de Paris, foi a vez de Washington ir às ruas protestar contra os cerca de 56 milhões de abortos registrados nos Estados Unidos desde que a prática foi legalizada, na polêmica batalha judicial Roe versus Wade. Há 41 anos, a data é usada pelo movimento pró-vida como oportunidade de denunciar a incoerência na decisão da Suprema Corte e a desumanidade da prática.
As bem organizadas entidades pró-vida norte-americanas garantem todos os anos uma participação numerosa o bastante para fazer do evento o maior do mundo com essa temática. Em 2013, quando a legalização do aborto completou 40 anos no país, a marcha atingiu 650 mil participantes. Até o momento em que posto este texto a imprensa local não havia falado em números exatos na manifestação desse ano, apenas em centenas de milhares. A grande maioria, mais uma vez, era formada por jovens. O Washington Post publicou um vídeo do evento.
Sem noção
Enquanto uma multidão reivindicava o direito à vida do lado de fora, o presidente Barack Obama fez uma declaração para lá de bizarra ao comentar a data, inclusive para os padrões do próprio Obama. Segundo o presidente o “aborto permite que as mulheres alcancem seus sonhos”. Naturalmente, Obama não mencionou em momento algum de seu discurso a vida do bebê que é morto no procedimento. Vale lembrar que a decisão judicial que liberou o aborto nos EUA permite que uma mãe acabe com a vida do filho a qualquer momento da gestação, inclusive no oitavo mês, quando o bebê está completamente formado. A barbárie só é limitada por leis estaduais, que variam bastante. Assim, o presidente dá a entender que dissolver o próprio filho em solução salina é o caminho para a realização pessoal.
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Separei algumas fotos publicadas por entidades pró-vida nas redes sociais. Claro que não poderia deixar de fora o tweet do próprio papa Francisco em apoio a marcha:
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