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Rosales, 33 gols em 183 jogos por los tatengues

A agenda do torcedor do Coritiba para junho já tem marcações bem visíveis nas datas em que o clube entrará em campo pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa do Brasil. Pois é hora de anotar com carinho mais uma data, 24 de junho, dia da última rodada do Torneo Clausura do Campeonato Argentino. Neste dia, Paulo Roberto Rosales, 28 anos, 1,68 metro, destro, fará seu último jogo pelo Unión Santa Fé. Depois, concluirá sua transferência para o Coxa.

O negócio, em andamento há algumas semanas, já é tratado como certo nos bastidores do Alto da Glória. Felipe Ximenes não escondia o orgulho pela bem-sucedida transferência nas rodinhas do Footecon, na segunda-feira. Vilson Ribeiro de Andrade só não cravou, em entrevista à 98 FM nesta quarta-feira, pela típica precaução de quem espera pela assinatura do contrato. Faltava a palavra de Rosales. Não falta mais.

Telefonei pela primeira vez para o jogador pouco antes do início do amistoso do Brasil. Claramente surpreso por encontrar do outro lado da linha um “periodista brasileño”, disse que havia acabado de entrar no teatro e me pediu que retornasse uma hora e meia depois. Quando a voz de Galvão Bueno já dava alguns sinais de fadiga depois de quatro gols e 80 minutos de futebol, Rosales atendeu novamente. Simpático, falou com a mesma empolgação da necessidade de livrar los tatengues do rebaixamento e do sonho de vir jogar no Brasil – “o melhor futebol do mundo”.

Nas palavras de Rosales, o negócio está muito bem encaminhado, mas só será fechado 100% quando terminar o Campeonato Argentino e o compromisso do jogador com o Unión, clube que ele defende pela terceira vez (2005-07, 2008 e desde 2010) e do qual é ídolo.

Já está tudo certo para a sua transferência ao Coritiba?
Está tudo muito bem encaminhado, estamos conversando com gente do Coritiba para acertar a transferência. Gostei muito da proposta, do projeto do clube. Mas ainda tenho três jogos a fazer pelo Unión. Depois podemos concluir a negociação.

Você não tem a disponibilidade para vir para o Brasil agora, mas sim quando acabar o Clausura, que é quando abre a janela aqui também?
Sim, a possibilidade é muito grande. Só preciso esperar terminar o Clausura.

Como o Coritiba chegou até você?
Primeiramente veio até mim Sergio, um empresário argentino, em nome do Coritiba para me apresentar a proposta do clube. Depois veio até a Argentina o Felipe Ximenes. Eles assistiram a uma partida minha, creio que contra o Banfield (7/4, empate por 2 a 2). Depois conversamos por muito tempo, ele me apresentou o projeto do Coritiba, gostei muito. É um desafio muito grande para um argentino jogar no Brasil.

O que você conhece do Coritiba?
Tenho lido muito sobre o clube na internet. Vi que acabou de ser campeão, que tem grandes ambições nas competições que disputa. Vi que a torcida é muito grande e fiel ao clube e há grandes jogadores no elenco.

Como é o seu estilo de jogo?
No Unión eu faço o papel de meia-atacante, acompanhando o centroavante. Também jogo muitas vezes com enganche (meia de ligação). Na verdade, nos últimos três quartos de campo, posso jogar em qualquer posição.

São 183 jogos e 33 gols pelo Unión. Você gosta mais do passe do que do gol?
O gol é a coisa mais linda do futebol. Mas me encanta dar o passe para o companheiro fazer o gol.

Há muitos argentinos em atividade no Brasil – Montillo, D’Alessandro, Bolatti, Miralles. Hoje, jogar no Brasil é tão bom para um argentino quanto é jogar na Europa?
Para um argentino, ir jogar no Brasil é um desafio. É onde se pratica o melhor futebol do mundo. Tenho um grande amigo no Brasil, El Cholo Guiñazu. Também conheço D’Alessandro, Montillo, Germán Herrera. Todos gostam muito de jogar aí.

Poderia de deixar uma mensagem para a torcida do Coritiba?
Primeiramente, agradecer ao clube pelo interesse, me sinto muito orgulhoso por o Coritiba ter me procurado. E a torcida pode contar comigo. Será um prazer jogar aí.

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O que deu para tirar da conversa com Rosales, cerca de 8 minutos, é que ele jogará no Coritiba. Só não confirma porque o Unión Santa Fé está na reta final do Clasura, luta contra o rebaixamento e ele é o ídolo e craque da equipe. Qualquer anúncio antecipado seria potencialmente ruim para o clube.

Sobre o estilo de jogo de Rosales, tenho pouquíssima referência. Nunca vi um jogo inteiro dele. Só melhores momentos e muita leitura. A conclusão é de ser um jogador no estilo de Ligüera, porém com mais mobilidade. Vamos ver de perto.

Em abril, El Pichi Rosales deu uma entrevista para a rádio do Unión Santa Fé. É longa, mas é uma boa oportunidade de conhecer melhor o jogador.

No YouTube há algumas compilações de lances de Rosales. Segue uma delas, sempre relembrando as sábias palavras de Antonio Lopes: “Gostaria era de ver o vídeo dos piores momentos do jogador”. Ainda assim, dá para ter uma noção.

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