10 fatos bizarros que marcaram a eleição para presidência da Câmara de Curitiba

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Se você não estava acompanhando a eleição para a presidência da Câmara deste ano, perdeu a eleição mais movimentada de muito tempo na cidade. Teve de tudo. Só faltou dedo no olho e alguém ser preso (embora haja registro de boletim de ocorrência de um caso). Por isso, nesta terça, quando ocorre a votação para eleger a mesa diretora, o blog preparou a lista abaixo para você recuperar a história toda.

1- O fantasma de Derosso

Defenestrado da Câmara depois de um mandarinato de 15 anos, acusado de irregularidades em contratos de propaganda, João Claudio Derosso (foto) ressurgiu em uma reunião com vereadores para tentar articular uma chapa. Alguns integrantes do grupo de Valdemir Soares e Zé Maria admitem ter estado lá.

2- Uma reunião muito esquisita

Depois de Gustavo Fruet (foto) se negar por muito tempo a interferir na eleição, compareceu numa reunião no meio da tarde no hotel Mabu. Os três candidatos do grupo do prefeito não se entenderam, houve bate-boca, gritaria e um dos supostos candidatos teria acabado expulso do local.

3- O sequestro do IPTU

Descontentes com o que viam como uma ingerência do prefeito, os vereadores do grupo de Valdemir Soares “sequestraram” o projeto do aumento do IPTU na Câmara. Interromperam sua tramitação nas comissões como tentativa de retaliação a Fruet. O prefeito respondeu com uma frase lapidar: “Deus está vendo”.

4- Racha no próprio partido

Embora tenha dito que não influenciaria, Fruet evidentemente tinha um lado na história. Mas o seu próprio partido, o PDT, representado por Jorge Bernardi (foto) e Tito Zeglin, migrou para as bandas do adversário.

5- Documento rasgado

Nesta segunda-feira, quando os blocos parlamentares deveriam ser registrados (o maior bloco leva a presidência), o documento de um dos dois grupos foi rasgado. Vários vereadores juram de pé junto que quem rasgou foi Valdemir Soares. Ele jura que não. O caso foi registrado na delegacia.

6- Trancada no gabinete

O rasgão no documento surgiu na porta do gabinete de Noêmia Rocha, do PMDB. Ela disse que estava fechada com o grupo de Aílton Araújo, mas ao invés de assinar o papel se trancou em seu gabinete a tarde inteira. No fim da tarde, os dois grupos estavam lá, pressionando a vereadora, quando ocorreu a cena da tentativa de destruição do papel.

7- Um empurrão?

Pastor Valdemir passou a enviar para seus amigos no WhatsApp e para a imprensa um vídeo em que, na porta do gabinete de Noêmia, ele teria sido empurrado, momentos depois, pelo atual presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV).

8- Todo mundo é líder

O pequeno PSDC, com apenas dois vereadores, aumentou a confusão. O líder, Cacá Pereira, assinou o documento de Aílton Araújo. Mas Chicarelli (foto) criou uma dissidência e conseguiu autorização do partido para destituir o líder, tomar seu lugar, e fechar com o outro lado.

9- Computadores desligados

Com todo o imbróglio, os registros das chapas foram feitos em cima do laço. O grupo de Aílton Araújo foi enviado ao protocolo exatamente às 18h00, horário regimental máximo. E foi registrado pelo protocolo às 18h10. Valdemir diz que com isso o prazo foi perdido. Para completar, ao dar 18h00, o grupo de Valdemir teria literalmente tirado o computador do protocolo da tomada, para deixar claro que não aceitaria registros após aquele horário. Ele nega.

10- Quem ganhou?

No final das contas, ninguém sabe quem tem a maior chapa. Nem qual chapa será aceita. Se a chapa de Aílton Araújo (foto) foi registrada no horário e o PSDC constar lá, ele ganhou com 18 a 15. Se a chapa não for aceita pelo horário de registro, ganha o outro lado (provavelmente com Tito Zeglin de presidente). Se for aceita, mas sem o PSDC, a contagem muda para 17 a 16 contra Aílton. Claro que tudo indica que o caso vai parar mesmo é na Justiça.

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