A cada dia que o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, demora para encontrar uma solução para a reposição dos ônibus da cidade a frota vai ficando mais sucateada. Agora já são mais de 500 os veículos com vida útil vencida.
Segundo dados obtidos pelo repórter João Frey e publicados pela Gazeta do Povo em agosto, Curitiba já tinha 486 veículos do transporte público acima dos 10 anos previstos em contrato. No entanto, as empresas se agarram a uma liminar obtida na gestão Fruet para não renovar a frota.
O argumento é de que a tarifa técnica está defasada e que, portanto, os donos do negócio não estariam tendo margem suficiente para bancar a depreciação dos veículos. Com isso, mais de um quarto dos 1,6 mil ônibus já passavam de dez anos de uso. Alguns chegam a 17 anos.
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Só no finalzinho de setembro, mais 19 veículos passaram dos dez anos (que deviam ser o máximo antes da aposentadoria). Segundo a tabela da Urbs, a maioria está na garagem, e não nas ruas. Mas na semana passada um ônibus que supostamente estaria encostado foi flagrado sendo empurrado nas ruas da cidade.
Greca não criou o problema, é verdade. A culpa maior está na licitação malfeita da gestão Beto Richa, que deu às mesmas empresas de sempre, de mão beijada, o monopólio por mais quinze anos, regulado por uma tarifa técnica fadada ao fracasso. Fruet não resolveu o nó. E Greca, até agora, também não.
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O resultado são mais ônibus quebrando, passageiros infelizes e gente abandonando o transporte coletivo. Com isso, mais congestionamentos, mais acidentes e mais poluição.
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