Pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, o senador paranaense Alvaro Dias vem tentando se tornar unanimidade entre os postulantes ao governo do Paraná. O cenário ideal na cabeça do parlamentar é receber o apoio de todos os candidatos ao Palácio Iguaçu e fazer o maior número possível de votos em casa. Como forma de convencimento, ele poderia se manter neutro na disputa estadual.
O problema é que um dos que querem assumir o Executivo paranaense a partir de 2019 é irmão de Alvaro, o ex-senador Osmar Dias (PDT). Ao que parece, porém, ele não demonstra estar muito preocupado com o desempenho do pedetista no pleito de outubro. Se considerarmos que Alvaro tem grandes chances de ser o presidenciável mais votado no Paraná, o apoio dele ao irmão poderia ser decisivo numa briga que promete ser bastante disputada pelo Palácio Iguaçu.
Na próxima quinta-feira (8), por exemplo, Alvaro receberá em Brasília o deputado Ratinho Jr. (PSD), também pré-candidato ao governo do estado. A mesma tentativa de aproximação deve ser feita em relação à vice-governadora Cida Borghetti (PP), outro nome na disputa local.
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Uma eventual neutralidade de Alvaro não deixaria de ser um fogo amigo contra o próprio irmão. Osmar, sempre que pode, faz questão de mencionar que é leal a ele. Cita a eleição de 2010, quando só decidiu se lançar ao governo do estado na última hora, depois do anúncio de que Alvaro não seria o vice na chapa presidencial do tucano José Serra, o que os deixaria em palanques adversários.
Já para este ano, Osmar conversou com o presidenciável do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, de quem garante ter recebido total liberdade para apoiar Alvaro. Em sabatina à Gazeta do Povo no mês passado, o ex-senador foi questionado sobre essa aparente “falta de reciprocidade” no tratamento que recebe do irmão.
“Vai ver que é porque eu sou mais novo, embora eu não pareça (risos). Mas eu faço aquilo que me atende a consciência. Na minha consciência, se eu não apoiar o meu irmão, eu não mereço ser votado. A vida inteira eu apoiei o Alvaro, eu coordenei as campanhas dele. Para eu dormir tranquilo, eu apoio o Alvaro em qualquer circunstância. Eu não me vejo em outro palanque que não seja o do Alvaro”, afirmou. “E até acho que o Paraná tem uma oportunidade de se unir em torno de um projeto paranaense para a Presidência da República.”
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