Após dois vereadores votarem por colegas, Câmara de Curitiba passa a usar senhas

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Com colaboração de João Guilherme Frey:

Depois de dois casos que vieram a público em que vereadores votaram no lugar de seus colegas, em Curitiba, finalmente a Câmara decidiu usar senhas para evitar que isso volte a se repetir. O anúncio foi feito nesta sexta (11) pelo presidente Aílton Araújo (PSC).

Segundo Aílton, a senha de quatro dígitos será implantada primeiro para marcar a presença dos vereadores em plenário. Em dois momentos da sessão, eles terão de colocar a senha no sistema para confirmar que estavam em plenário.

Mais tarde, a senha será implantada também nas votações. Araújo disse que preferia não ter de usar senhas porque isso seria admitir desde o princípio que há uma desconfiança sobre a honestidade dos colegas. Mas não deu mais para evitar.

Neste ano, o vereador Valdemir Soares renunciou ao mandato depois de ser pego votando no lugar de Julieta Reis. Mais recentemente, Chicarelli votou no lugar de Chico do Uberaba, mas alegou que foi sem intenção.

Na discussão dessa sexta, houve vereadores questionando a medida de implantar a senha. Paulo Salamuni questionou que, assim, bastará o vereador dar a senha para que alguém digite e constará sempre como presente em plenário. Mas Aílton Araújo rebateu dizendo que hoje nem isso é preciso (a senha de todos é igual: 1111).

Também houve dúvidas se os vereadores não se atrapalhariam para guardar e usar uma senha de quatro dígitos.

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