A Assembleia Legislativa do Paraná abonou, neste primeiro semestre de 2018, 103 faltas de deputados estaduais em sessões plenárias. São faltas para os quais os parlamentares não apresentaram justificativa e que, pela regra geral, seriam descontadas. No entanto, uma cláusula do regimento interno permite que cada deputado “abone” uma falta por mês sem explicar por que resolveu não comparecer ao trabalho.
Ao longo do semestre, foram contabilizadas 265 ausências dos 54 deputados estaduais nas sessões deliberativas. Isso significa perto de cinco faltas por parlamentar, em média. Dessas, apenas 66 levaram a desconto salarial. Pela regra, a cada ausência, o deputado perde 1/30 do salário de R$ 25,3 mil – ou seja, R$ 843 por falta. No total, os abonos custaram R$ 86 mil aos cofres públicos.
Das ausências abonadas, boa parte tem justificativas razoáveis. Em 43 ocasiões, por exemplo, foram apresentados atestados médicos autorizando o parlamentar a faltar por doença. Também há justificativas previstas no regimento, como reuniões com ministros, viagens com o governador ou missão especial representando a Assembleia Legislativa.
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Para essas 103 faltas, porém, não costa qualquer justificativa. Houve quem usasse o abono em cinco dos seis meses em que houve sessões, como Adelino Ribeiro, Luiz Carlos Martins, Márcio Pacheco, Missionário Ricardo Arruda e Tiago Amaral. Cada um desses deputados “poupou” mais de R$ 4 mil só por não sofrer os descontos relativos às faltas.
Quem teve o maior número de faltas (somando as que foram descontadas e as que foram abonadas por esse critério) foi o deputado Bernardo Ribas Carli, do PSDB de Guarapuava. Ele esteve ausente em dez sessões plenárias sem se justificar (quatro delas abonadas).
Em segundo lugar, empatados, aparecem três deputados: Luiz Carlos Martins, Maria Victoria e Tiago Amaral. Cada um deles se ausentou de seis sessões plenárias durante o semestre.
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