A Associação Comercial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG) publicou uma cartilha defendendo que beneficiários do Bolsa-Família e de outros programas de transferência de renda governamentais tenham seu direito ao voto temporariamente suspenso. O documento foi entregue na semana passada a candidatos da região dos Campos Gerais.
Presidente da associação, Nilton Fiori afirma que a ideia é garantir a “lisura” das eleições, já que os beneficiários de programas do gênero poderiam ficar vinculados aos governos. A ideia de que os programas de transferência de renda poderiam ser considerados semelhantes a compra de votos já corre na internet há algum tempo. No entanto, a associação é a primeira de que se tem notícia a botar a proposta no papel.
Segundo Fiori, a proposta de incluir a suspensão dos direitos na cartilha foi unânime na diretoria. “Temos consciência de que hoje isso é inconstitucional, mas queríamos levantar o debate”, afirma. O presidente afirma ainda que a proposta foi bem vista pela maioria dos candidatos da região, durante a apresentação realizada na semana passada. De 37 presentes à reunião de lançamento da cartilha, apenas três teriam se pronunciado contra a ideia.
Fiori diz que a ideia não é barrar apenas os beneficiários do Bolsa-Família, mas quem recebe qualquer recurso de programas do gênero, sejam federais, estaduais ou municipais.
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