Beto Richa se transformou em muito mais do que mero padrinho político da eleição de Rafael Greca. Desde que tomou posse em janeiro, Greca vem recebendo uma chuva de dinheiro e bondades vinda do Palácio Iguaçu.
A primeira boa nova veio já no dia da posse. Richa, que andou antecipando ICMS para salvar o caixa do governo, avisou que mandaria um envelopinho com R$ 60 milhões do bolo para Greca. O prefeito, a seu estilo, disse que se sentia o menino Jesus no presépio recebendo presente de Dia de Reis.
Neste caso, o dinheiro era obrigatório (parte do ICMS tem de ir para os municípios, e isso não depende da bondade do governante de plantão). Mas a seguir começaram a vir os repasses voluntários, os convênios, as doações.
A maior parte tem a ver com asfalto, demanda número um de boa parte dos curitibanos – hoje, quem não convive com saibro convive, no mínimo, com uma buraqueira desgraçada nas ruas da maior parte dos bairros.
Richa liberou nada menos do que R$ 65 milhões para asfalto. Metade é financiada, mas R$ 30 milhões são a fundo perdido mesmo. Do tipo: toma aí e vê o que você faz com essa grana, não precisa devolver.
Não se pode dizer que seja negócio de pai para filho. Pais costumam pagar no máximo um picolé e umas fichas para o fliperama. Aqui estamos falando de outra coisa.
Leia mais: Richa quer se recuperar em Curitiba: dá a Greca asfalto, restaurantes etc
Uma outra bondade, ainda um pouco maior? Tem também. Richa aliviou para o lado de Greca rasgando uma dívida de impostos da cidade. Coisa de R$ 70 milhões. Deixa para lá, não há de fazer falta…
Não bastasse, o governador ainda anunciou R$ 5 milhões para a integração dos ônibus e R$ 2,1 milhões para reforma de unidades de saúde de Curitiba. (Gustavo Fruet deve estar arrancando os poucos cabelos que lhe sobraram. Ficou quatro anos a ver navios.)
No total, somando só essa lista, são mais de R$ 142 milhões. Isso, para se ter uma ideia, equivale mais ou menos à metade do orçamento de uma cidade do tamanho de Guarapuava.
Além de tudo isso, Richa recebeu crédito do prefeito por ter ajudado a liberar um pacote de mais R$ 123 milhões no Ministério das Cidades, inclusive para terminar a Linha Verde. Pai para filho? Muito mais que isso. Muito, muito mais.
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