O governador Beto Richa está à beira de demitir seu quinto secretário de Segurança Pública em pouco mais de sete anos. Wagner Mesquita está em férias, fora do país, mas provavelmente será exonerado assim que retomar as funções.
A demissão ficou mais iminente depois que Richa deu entrevista dizendo que “não aceitava” situações como a que ocorreu neste mês, em que o corpo de um garoto morto em um assalto ficou por 13 horas na rua antes de ser recolhido pelo Instituto Médico-Legal.
“Vá lá, se tivesse faltando dinheiro, não tinha estrutura, não tinha o rabecão, o transporte para esse corpo que precisava ir para o IML, vá lá. Mas não é o caso. Tem estrutura, tem recursos”, disse o governador.
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Mesquita pediu desculpas à família do garoto, que foi velado na rua, em Colombo. Além disso, há crises em outras áreas da segurança, como a superlotação de cadeias e presídios.
Caso saia mesmo do cargo, Mesquita sairá depois de dois anos e sete meses como secretário. Praticamente um recorde num governo que tem trocado rapidamente de titulares na Segurança.
Desde o primeiro mandato, Richa já teve na pasta Reinaldo de Almeida César, Cid Vasques, Leon Gruppenmacher e Fernando Francischini. Mesquita entrou na Secretaria depois da queda de Francischini, que comandou a repressão violenta aos manifestantes do 29 de abril em frente à Assembleia Legislativa.
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