Cada político tem suas estratégias para quando a coisa aperta. Maluf muda de assunto. Lula diz que a culpa é da Globo. Beto Richa vai ao programa de Denian Couto.
Dessa vez, como o caso é sério, e as denúncias de Maurício Fanini, candidato a delator na Quadro Negro, atingem em cheio o ex-governador, Beto foi logo fazer um combo: duas entrevistas em seguida com Denian, uma no rádio, outra na tevê.
A conversa começou com o apresentador dizendo que o vazamento é ilegal e terminou com um convite para que Beto volte “quando achar necessário”. Entre uma coisa e outra, as perguntas foram simples: o acusador diz isso, como o senhor nega? E Beto negava, sem réplicas.
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A pergunta que mais apertou Richa veio de um ouvinte. Quis saber se a estratégia de demonizar as delações e os delatores não era exatamente o que os petistas fazem quando acusados na Lava Jato.
Beto negou com veemência. “Eu estou falando a verdade”, começou. Em seguida disse que “não tem como comparar ao PT”. Desfilou números eleitorais e de governo que comprovariam sua seriedade (coisa que, aliás, o PT também faz…).
Disse ainda que o PT acabou com as estatais, que a culpa da greve dos caminhoneiros é culpa da quebradeira da Petrobras, e que na gestão dele Copel e Sanepar tiveram excelentes classificações em rankings de suas áreas.
E, principalmente, afirmou que quando houve focos de corrupção seu governo atuou “tomando todas as medidas”, coisa que o PT não fez, mesmo que isso atingisse pessoas próximas a ele.
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