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Hermes Leão, presidente da APP. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.
Hermes Leão, presidente da APP. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.| Foto:

Presidente do principal sindicato de funcionários públicos do Paraná, Hermes Leão afirmou nesta quinta-feira que o governador Beto Richa poderia inclusive ser afastado do cargo por não estar cumprindo com a lei ao negar a reposição da inflação aos servidores públicos.

A declaração vem um dia depois de o secretário da Fazenda de Richa, Mauro Ricardo Costa, dizer que o governo, mesmo anunciando um superávit primário de R$ 1,9 bilhão em 2017, mantém a posição de congelar os salários do funcionalismo.

Segundo o governo, é preciso negar a reposição da inflação para que o caixa do estado tenha condições de fazer investimentos. Reajustes a essa altura, afirma Mauro Ricardo, só colocariam em risco todo o esforço que o governo do estado fez desde 2014.

“Inacreditável”

Para a APP, a declaração do secretário é “inacreditável”. “O governo tem que cumprir a lei que ele mesmo fez aprovar em 2015, determinando a reposição da inflação”, afirma Hermes Leão, presidente da APP, que representa cerca de 100 mil professores da rede pública estadual.

Leia mais: Governo Richa passa raspando no mínimo constitucional da saúde

Segundo Hermes, o governo sabia que a arrecadação ia crescer e a APP já havia antecipado que os números antecipados no orçamento, prevendo estagnação ou até perda de receitas, eram equivocados. Agora, a publicação do relatório anual de execução do orçamento deu razão à APP.

“O superávit foi de quase R$ 2 bilhões já descontados todos os investimentos, todo o dinheiro que está sendo dado aos prefeitos”, afirma o presidente do sindicato.

PSS

Com isso, a APP diz que não se pode aceitar que o governo mantenha salários congelados. O prejuízo para o trabalhador, a partir de maio, quando deveria haver o novo reajuste, já chega a 10,5%.

Outras questões levantadas pelo sindicato são a redução de R$ 400 no salário dos professores temporários, contratados via PSS, que economiza cerca de R$ 70 milhões ao ano para o governo; e a questão da distribuição de horas.

Com tudo isso, a APP anunciou uma intensificação do estado de greve, que pode levar à paralisação das atividades já no começo de mais um ano letivo.

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