Nesta terça-feira, Beto Richa (PSDB) enquadrou Ratinho Jr. e seu partido. Cobrou fidelidade do secretário, que está no PSD e apoia Ney Leprevost. A declaração, feita à Gazeta do Povo, dizia que se o partido de Ratinho tinha rompido com o governo, que pelo menos avisasse.
Na quarta-feira, quem enquadrou Beto Richa foram os dois partidos ligados a Ratinho. O PSC, de onde ele saiu recentemente, e o PSD, onde entrou, votaram juntos para derrubar três vetos de Richa na Assembleia.
Para derrubar um veto, são necessários 28 votos: os dois partidos têm 14. Somados à oposição e a mais alguns independentes, conseguiram 28 em um caso e 30 em outros dois. Embora a ordem não tenha partido de Ratinho, ficou claro o recado.
Os três vetos desta terça não eram relevantes para o governo. Mas a bancada mostra que, pela primeira vez desde o 29 de abril, o governo está arriscado a perder a base. E isso à beira da votação do reajuste do funcionalismo – um projeto que pode custar R$ 3,5 bilhões ao governo.
A disputa entre os dois lados tem relação não só com a campanha municipal: o principal objetivo de Ratinho é se eleger governador em 2018. Para isso, começa a apostar nos “seus” prefeitos, como Leprevost, e a deixar Richa de lado.
Richa poderia ver em Ratinho seu sucessor. Mas ainda não tomou lado entre Ratinho e outros possíveis candidatos de seu grupo, como Cida Borghetti (PP), sua vice.
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