O vereador Thiago Ferro, do PSDB, apresentou projeto de lei para dar cidadania honorária de Curitiba ao Bispo Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra. O projeto foi apresentado no início de maio e agora começa a tramitar pelas comissões. Deve criar burburinho.
Rodovalho, além de religioso, é político. Foi deputado federal e se envolveu no escândalo da Farra das Passagens. Acabou devolvendo R$ 41 mil do gabinete depois de denúncias de mau uso do dinheiro público. Rodovalho nega que tenha cometido irregularidades.
Na época do escândalo, em 2009, Rodovalho estava afastado do mandato na Câmara e ocupava um cargo no governo do Distrito Federal, o que aumentou as críticas, já que ele não teria porque usar as passagens estando fora do cargo (e, mesmo no cargo, parecia difícil justificar o uso, já que morava em Brasília).
O bispo disse que as passagens eram usadas para atividades das frentes e comissões de que participava, inclusive da Frente Evangélica, de que era integrante. O Congresso em Foco denunciou o uso das passagens para que artistas gospel e pastores da igreja viajassem com a verba pública.
Em nota emitida à época, Rodovalho disse que “o uso de dinheiro pertencente à cota de passagens aéreas não era, quando foi utilizado pelo parlamentar (2007), motivo de questionamento visto que todos os deputados federais da Casa receberam instruções de que a cota existia e poderia ser usada da forma mais conveniente para o trabalho parlamentar”.
Malafaia
Na legislatura passada, a Câmara de Curitiba já viveu uma polêmica em função da indicação de um líder evangélico para homenagem. A então vereadora Carla Pimentel, do PSC, indicou o pastor Silas Malafaia para a cidadania honorária.
Houve grande constrangimento entre os vereadores em função dos posicionamentos polêmicos e homofóbicos do pastor. Uma comissão acabou alegando que não havia indícios de que o pastor fez algo de positivo pela cidade e o projeto foi abandonado.
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