O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) falou sobre financiamento de campanhas na sua participação no projeto “Parlamento Universitário”, na última quinta-feira (9). “De onde virá o dinheiro? Claro, de um grande caixa dois, que vai ter de novo, muito maior do que já teve da eleição passada”.
Para Romanelli, não há mágica. A eleição passada, contando apenas o caixa um, registrado na Justiça Eleitoral, custou mais de R$ 6 bilhões. E estima-se que duas vezes isso foram gastas por fora. Dessa vez, os recursos oficiais foram colocados num teto de R$ 3 bilhões.
O deputado aposta que as campanhas não vão ficar mais baratas. O que vai acontecer, segundo ele, é que a porção de gastos computada em caixa dois vai crescer.
Parlamento Universitário
O projeto reúne estudantes para vivenciar o dia a dia dos parlamentares. Questionado sobre a governabilidade no cenário atual, o líder do governo de Beto Richa na Assembleia Legislativa, deu sua opinião sobre o novo modelo de financiamento para as campanhas.
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Romanelli falou sobre a reforma política e como ela, apesar das mudanças, irá repetir o modelo antigo, segundo ele. Para isso citou como exemplo políticos que votaram a favor da reforma, dizendo que a transição fez prosperar o interesse dos chefes partidários como: Roberto Jefferson, do PTB; Waldemar da Costa Neto, do PR e Romero Jucá, do PMDB.
O deputado disse que o caixa dois seria a forma de “financiar” campanhas caras para o governo do estado e a Presidência da República. Mas deixou claro que não se referia aos deputados estaduais e federais; segundo ele, o custo geral nesses casos é mais baixo e “a pessoa se vira, para fazer a campanha sem grandes arroubos”.
Terminou dizendo que o modelo atual irá reproduzir esse “sistema ruim que nós temos” e que o brasileiro continua em busca do “salvador da pátria, que não existe”.
Colaborou: Camila Abrão.
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