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Câmara de Curitiba tira do arquivo projeto que censura aulas sobre sexualidade

Thiago Ferro autor do projeto também propôs a "Escola sem Partido". Foto: Chico Camargo/CMC. (Foto: )

O vereador Thiago Ferro (PSDB) conseguiu que a Câmara de Curitiba volte a discutir um projeto polêmico de sua autoria que já havia sido arquivado. A proposta pretende impedir que professores e outros servidores municipais apresentem “pornografia” para crianças.

O projeto foi considerado desnecessário pelo jurídico da Câmara, já que leis federais já tratam do assunto. Os vereadores que compõem a Comissão de Legislação e Justiça concordaram e mandaram o projeto para o arquivo por cinco votos a dois (os dois votos favoráveis a Thiago Ferro vieram da bancada evangélica).

No entanto, embora estejam em minoria na comissão, os vereadores religiosos têm força no plenário. Com isso, Thiago Ferro conseguiu assinaturas para votar o desarquivamento. E, nesta segunda, numa votação simbólica, o projeto foi desarquivado. Portanto, volta a tramitar.

A proposta é bastante rigorosa e vai na mesma linha de outras tentativas de religiosos de censurar o que é dito dentro de sala de aula. No texto, bastante duro, qualquer coisa que se diga sobre sexualidade e que não tenha relação meramente com reprodução é considerado pornografia.

As escolas precisariam passar qualquer conteúdo relativo a sexualidade pelos pais, obter unanimidade na aprovação e, mesmo assim, o professor precisaria se ater a dados “científicos”. Isso para alunos de até 16 anos.

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