Na primeira sessão da Câmara de Curitiba após a reunião da bancada evangélica com a prefeitura, realizada para reclamar de suposta existência “ideologia de gênero” nas salas de aula, o tema virou motivo de discussão em plenário.
Representante dos professores municipais, a vereadora Professora Josete falou da sua preocupação com o exagero dos vereadores da bancada religiosa. Eles foram à Secretaria de Educação, entre outras coisas, para barrar uma atividade que, acabou se descobrindo, era apenas uma homenagem à diversidade humana com base em personagens da Turma da Mônica.
“Era um dia para os alunos irem vestidos sem uniforme, para mostrar que há diferenças e que temos que aceitá-las. [A professora] não estava trabalhando a sexualidade”, disse a vereadora.
O caso acontecido na escola Itacelina Bittencourt chamou a atenção porque os vereadores entenderam erradamente que a atividade (para crianças de 4 e 5 anos) seria uma homenagem à diversidade sexual, embora isso não estivesse escrito em lugar algum.
O único integrante da base evangélica a contestar Josete em plenário foi Ezequias Barros, da igreja Brasil para Cristo. “Sou totalmente contrário à discriminação a adulto [homossexual], não vou tentar convencer ninguém. O que não concordamos é que venham falar a nossas crianças, de quem tem que cuidar são os pais.”
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