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Candidatos ao governo do Paraná têm ideologia “flex”: o que vale é o projeto de poder

Os três principais candidatos ao governo do Paraná já mostraram que não são muito firmes no critério ideologia. Quando se trata de dar e receber apoio, são candidatos “flex”. Aceitam trabalhar com esquerda e direita, dependendo de quem esteja com a faca e o queijo na mão.

O caso mais célebre dentre os três é do casal Cida Borghetti/Ricardo Barros. Filiado ao PP desde sempre, Barros já disse com todas as letras que seu partido estará com o governo de plantão em todas as ocasiões. Para ele, ser governista é uma questão de princípio.

Segundo o ex-ministro, dar governabilidade é a função de quem não foi eleito. Assim, o PP esteve com todos os governos do PSDB e todos os do PT no nacional. E com todos os governos paranaenses, de Requião a Richa. Barros foi pessoalmente vice-líder de FHC, Lula e Dilma. E emplacou como ministro de Temer.

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Osmar Dias também é ambidestro. Basta ver suas duas candidaturas ao governo do estado antes da atual. Em 2006, lançou-se contra Requião, com apoio de Beto Richa. Em 2010, lançou-se contra Beto Richa com apoio de Requião. Também já foi filiado ao PSDB na época de Fernando Henrique, mas acabou vice-presidente do Banco do Brasil no governo Dilma Rousseff.

Ratinho Jr., com menos tempo de política, também já jogou em todas. Em Brasília, foi base de apoio a Lula e a Dilma Rousseff, do PT. No Paraná, agarrou-se a Beto Richa, do PSDB. Em todo caso, filiou-se ao PSD, um partido fundado para não ter ideologia e que pode fazer aliança com quem for em nome do projeto pessoal de cada um.

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