Com o dia 7 de abril se aproximando, o cenário eleitoral no Paraná começa a tomar contornos mais bem definidos. E o prognóstico é sombrio para um dos principais postulantes ao Palácio Iguaçu: Ratinho Jr (PSD).
Daqui a duas semanas se encerra o prazo para que deputados possam mudar de partido livremente. Além disso, é quando o governador Beto Richa (PSDB) deverá deixar o cargo para ser candidato ao Senado.
E, com a proximidade de assumir o comando do Executivo estadual, a vice Cida Borghetti (PP) – mais especificamente o marido dela, Ricardo Barros (PP) – já teria conseguido fechar um amplo leque de alianças partidárias para disputar o pleito de outubro.
Além do próprio PP, ela deverá contar com o apoio de PSDB, DEM, PTB, PSB, PPS, Pros, PMB, PHS, PMN, SD e PSL. Isso garantiria, com folgas, o maior tempo de televisão dos 12 minutos e 30 segundos do horário eleitoral. Na composição atual, Cida teria no mínimo 5 minutos para expor sua candidatura ao eleitorado paranaense – o PR, dono de importantes 45 segundos, também negocia com o casal Barros.
Logo atrás, com algo perto de 3 minutos, aparece o ex-senador Osmar Dias (PDT). Por ora, devem formalizar apoio ao pedetista, PMDB, PRB, PV e Podemos. Na sequência, vem a dobradinha PT-PCdoB, que, com quase 2 minutos, tende a lançar o ex-deputado federal petista Dr. Rosinha ao governo do estado.
Só então figura Ratinho, com o apoio apenas do PSC, que comandou por anos no estado antes de ir para o PSD. Com essa aliança minguada, ele contaria com pouco mais de 1 minuto na propaganda eleitoral.
Segundo um experiente deputado estadual, dono de vários mandatos, assim que assumir o Palácio Iguaçu, Cida irá conquistar mais apoios e, sobretudo, atrair dezenas de prefeitos, ávidos por verbas do governo estado. “Obviamente que o Ratinho não vai simplesmente desistir da candidatura agora. Mas, se perto das convenções a Cida estiver bem nas pesquisas e com tantos apoios, ele ficará encurralado”, projeta.
