Cida Borghetti tem só mais dez dias de governo livre das restrições da legislação eleitoral. E ainda parece estar longe de chegar aos patamares que lhe garantiriam todos os apoios que ela desejaria para a campanha de reeleição.
Na última pesquisa registrada no TRE, feita pela Radar, Cida chegou aos dois dígitos, mas por muito pouco. Ainda está com menos da metade das intenções de voto do segundo colocado, e com menos de um terço do líder. (Leia mais aqui.)
A partir do próximo dia 7, a governadora não poderá nem assinar convênios com municípios nem repassar verbas voluntárias (as duas armas principais de um governante para tentar amarrar acordos com os gestores municipais).
E daqui a pouco mais de três semanas começam as convenções para decidir qual candidato cada partido deve apoiar. Cida tinha acordo “de boca” com várias legendas. Mas será que todos vão manter o apoio mesmo vendo que ela tem dificuldades de decolar?
“A eleição de verdade é entre o Ratinho e o Osmar”, diz um tucano influente no partido, que faz força para que a legenda desista da ideia de ir com Cida (embora esse aparentemente continue sendo o plano do cacique Beto Richa).
De qualquer modo, ninguém duvida que Cida mantenha a candidatura até o fim. Em última instância, teria votos suficiente para negociar um apoio no segundo turno e uma participação de peso no próximo governo.
Mas para ter chances de chegar mais longe, ela precisa no mínimo manter os apoios de PSDB, DEM e PSB. E é isso que está em jogo nos próximos dia.
A pesquisa da Radar tem intervalo de confiança 95,5% e foi registrada no TSE sob o número PR-04594/2018 e foi autocontratada. Foram ouvidos 1.494 eleitores entre os dias 219 e 24 de junho.