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Curitiba cogita abrigo para casais de rua, mas teme que vire “local de programa”

Marcia Fruet. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo. (Foto: )
Marcia Fruet. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.

Marcia Fruet. Foto: Antonio More/Gazeta do Povo.

Uma das reclamações apresentadas por moradores de rua à prefeitura de Curitiba é a inexistência de um abrigo para casais na cidade. Ou seja: alguém que está sme teto tem a opção de continuar com o cônjuge nas ruas ou de ir para o abrigo, mas ficar separado. Marcia Fruet, presidente da FAs, diz que o abrigo para casais está em estudo, mas nega que a procura seja grande como se afirma.

O pastor Carlos Merlini, que hoje vive nas ruas, levou à prefeitura e à Defensoria Pública uma lista com 370 assinaturas de casais pedindo o abrigo. A prefeitura diz que o número é tremendamente inflado.

“Existe a possibilidade. Estamos estudando isso. Nós já temos dois locais em vista, mas a gente ainda não conseguiu resolver o que é casal. Nós tivemos uma experiência na Plínio Tourinho, em 2013, em que o casal se formava 15 minutos antes. Aí iam lá e diziam ‘a gente é um casal’. E você vai dizer ‘não, você não é um casal’? Qual o conceito de casal?”, diz Marcia.

Questionada sobre o porquê de tal “truque”, Marcia responde: “Bom, aí é mais barato que motel [risos]”. Segundo a primeira-dama, já houve casos registrados de casais que procuraram o abrigo para fazer “programa”.

“E como é que você faz uma casa com essa fragilidade na definição do que é casal e coloca vários casais juntos. Porque eu não posso abrir uma casa para um casal. Eu tenho que pensar em pelo menos quatro casais. Como é que você tem essa ordem dentro da casa? Então tudo isso a gente está discutindo com eles. É irreal esse número de 370 pessoas que estão vivendo como se fossem casais na rua”, diz.

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