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Em 90 dias, Barros coleciona polêmicas, gafes e recuos no ministério

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O ministro Ricardo Barros completa três meses nesta sexta-feira como titular da Saúde no governo de Michel Temer (PMDB). Nesse período, já foi responsável por várias polêmicas e por gafes.

Em mais de um momento, Barros teve de recuar, pedir desculpas ou dizer que não tinha sido bem entendido. O caso mais grave veio nesta quinta, quando foi rebatido em público até pela própria filha, a deputada estadual Maria Victoria (PP), candidata a prefeita de Curitiba.

Veja algumas das polêmicas do ministro.

1- Tamanho do SUS
A primeira vez que Barros ganhou as manchetes pelo motivo errado depois da posse foi quando disse que o governo não tinha como bancar o SUS como ele é, dando a entender que seria preciso redimensionar o tamanho da saúde pública no país.Pressionado, o ministro recuou.

2- Planos de saúde mais baratos
Na mesma linha, o ministro disse que queria planos de saúde “populares” no país que ajudassem a substituir o SUS por atendimento privado. A crítica dos setores de saúde foi forte, dizendo que isso beneficiava apenas os donos de planos de saúde e que o plano menor não atenderia as necessidades da população.

3- Fé remove montanhas
Barros também se meteu numa controvérsia quando disse que não havia problema em distribuir um remédio que supostamente teria efeitos contra o câncer, a fosfoetanolamina, mas cujos benefícios e riscos nunca foram estudados. O ministro disse que no mínimo o remédio seria um placebo e que “a fé remove montanhas”.

4- Mais Médicos é provisório
O ministro também disse que um dos principais programas do governo federal na área de saúde iria acabar, é apenas provisório. Sobre o Mais Médicos, o ministro também foi chamado de “xenófobo” por dizer que preferia aumentar o número de médicos brasileiros e diminuir o de estrangeiros no programa.

5- Homens trabalham mais
Nesta quinta, Barros fechou o terceiro mês no cargo com chave de ouro, dizendo que os homens vão menos ao médico por terem menos tempo, já que trabalham mais do que as mulheres e são provedores de suas famílias. O ministro foi desmentido pelo IBGE e pela própria filha Maria Victoria.

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