Chamemos as coisas pelos nomes que elas têm: o que aconteceu hoje ao governo Cida Borghetti denomina-se derrota. A governadora e seu marido, Ricardo Barros, atiçaram o funcionalismo reacendendo um debate sobre reajustes que estava quase morto. Acharam que podiam usar isso em seu favor e acabaram levando uma invertida.
O funcionalismo amarga perdas inflacionárias de mais de 11% desde 2016. Beto Richa disse que dava zero e pronto. Parecia assunto resolvido. Mas o governo inventou moda: começou a espalhar que, bem conversadinho, dava para tentar chegar à inflação dos últimos 12 meses: 2,76%.
Mas o ditado já ensina que, quando a esperteza é muito grande, vira bicho e come o esperto. Depois de causar alvoroço em 310 mil pessoas, o governo decidiu que não tinha como dar o que prometeu. Só que aí, claro, era tarde demais. Os sindicatos não perdoaram e a oposição, liderada por Ratinho Jr., deitou e rolou.
Leia mais: Paraná terá governador do interior pela primeira vez em 30 anos
Cida entrou no governo como sucessora de Beto, o que lhe garantia um certo mau humor dos trabalhadores públicos. Mas até podia ter uma neutralidade. Agora, certamente enfrentará uma inimizade muito maior do que quando chegou ao Palácio.
A ideia de discutir tudo depois da eleição pode até aliviar a barra dos deputados. Para Cida, não serve: vai ser ela quem arcará com o atraso nas negociações e com a frustração de quem, nos últimos anos, já perdeu um salário mensal inteiro de poder de compra.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião