O ex-prefeito Gustavo Fruet voltou à carga contra seu sucessor, Rafael Greca, depois de um período de moratória. Em entrevista para a Gazeta do Povo, nesta segunda, Fruet disse que o atual prefeito erra na condução das principais áreas da cidade, e deu a entender que gostaria de disputar a eleição contra ele em 2020.
Fruet diz hoje ser candidato a deputado federal, embora não descarte disputar o Senado, dependendo do cenário – o que envolve saber quais serão os desdobramentos das denúncias contra o ex-governador Beto Richa. Brincando, disse que não sabe quais serão os próximos passos porque até as convenções não dá para saber “quem estará morto, quem estará preso”.
Seja qual for o resultado da eleição, porém, Fruet não descartou disputar a prefeitura de Curitiba em 2020, até para confrontar a sua gestão com a de Greca que, imagina-se, deverá ser candidato à reeleição. Greca derrotou Fruet em 2016 numa campanha que os tornou eternos desafetos.
Fruet criticou a gestão do transporte coletivo, tanto pelo reajuste da tarifa para R$ 4,25 no seu primeiro ano de mandato quanto por não baixar a tarifa técnica agora, com a desoneração de impostos. “Deveria ser automático”, diz ele sobre a redução do preço da tarifa técnica depois de o governo Temer baixar Cide, PIS e Cofins do diesel.
O ex-prefeito também criticou a gestão da área social, principalmente por colocar crianças nas novas unidades sem ser em tempo integral e pelo fechamento de duas Unidades de Pronto-Atendimento. Segundo Fruet, além, do fechamento da unidade da Matriz, a não reabertura da UPA da CIC teriam trazido uma economia de R$ 45 milhões para os cofres públicos.
Além disso, Fruet afirma que Greca teria “se apropriado” de R$ 200 milhões ao não reajustar o salário dos professores pela inflação. A bronca é tão grande que, em vários momentos, Fruet se recusou a dizer o nome de Greca, se referindo a ele apenas como “o atual gestor da cidade”.