Um gráfico feito pelo PSDB paulista para ilustrar a liderança de João Doria nas pesquisas em São Paulo virou motivo de piada. É uma espécie de aula das distorções típicas usadas por candidatos para dar a impressão de que estão em situação melhor do que a real.
O que mais salta aos olhos é o conhecido mecanismo de fazer o número do candidato parecer muito distante dos demais, ainda que a realidade seja outra. Doria apareceu no Ibope com 22% de intenções de voto. Skaf tem 15%. Ou seja: a barra de um deveria ser mais ou menos 50% maior do que a do outro.
No gráfico, porém, parece que 22 é um número várias vezes maior do que 15. O mesmo vale para a comparação de Doria com os demais candidatos.
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Além disso, o 22 de Doria também aparece no gráfico muito maior do que os 40% de indecisos, o que é ainda mais bizarro, já que aqui nem é um caso de proporção, e sim de inversão entre maior e menor.
Como se fosse pouco, o 22 de Doria aparece sobre posto a uma escala de 0 a 100. Mas aparece perto do 90% da escala, como se ele estivesse quase com a totalidade dos votos dos eleitores paulistas. Aliás, a escala é tão torta que o 10% de um índice não bate com o 10 do fundo.
Bom, como este post cita pesquisa, a lei exige: A pesquisa Ibope, encomendada pelo Uol, foi registrada no TSE sob o número SP-04608/2018 e ouviu 1.008 pessoas entre os dias 24 e 27 de maio. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 3%.
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