Quem conhece o prefeito Rafael Greca acha que ele pode pôr para funcionar em seu mandato um sistema de integração temporal nos ônibus de Curitiba. Isso significaria poder descer do ônibus fora dos terminais e fazer uma segunda viagem de graça.
Em quase todo lugar civilizado do mundo é assim – e mesmo em alguns não tão civilizados, como São Paulo. O sujeito pode fazer uma mudança de linha sem precisar ir até um lugar desnecessariamente mais distante, só para perder tempo. Mas a Urbs é teimosa.
Sempre que se falou em integração temporal por aqui os técnicos da companhia chiaram, dizendo que a cidade já está quase toda integrada pelos terminais e que o bilhete único traz prejuízo. A primeira parte é verdade, mas não resolve: muita gente ainda tem de pagar duas passagens à toa. A segunda é simplesmente equivocada.
Sangria
Curitiba tem perdido passageiros no transporte coletivo mês a mês. Gente que percebeu que R$ 4,25 é caro demais, ainda mais se você precisa pagar R$ 8,50 (duas tarifas) para fazer um só deslocamento. Melhor ir de Uber, de bicicleta, comprar uma moto.
Editorial: A integração temporal e o apego ao passado
O bilhete temporal poderia estancar a sangria e fazer as pessoas voltarem para o ônibus. Lutar contra isso é insano. E Greca parece ter percebido isso.
Atualmente, o projeto que tramita na Câmara criando o bilhete temporal é do vereador Bruno Pessuti. E ele diz ter ouvido do próprio prefeito que a ideia é boa e necessária, e que ele iria implantá-la. Mas ainda não há data nem nada do gênero.
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