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Líder de Greca diz que se ajuste fiscal não for aprovado, prefeitura corre risco de atrasar salários

Pier Petruzziello: Greca não recuou. Foto: Daniel Castellano/Gazeta do povo. (Foto: )

Líder de Greca na Câmara de Curitiba, o vereador Pier Petruzziello (PTB) teve uma longa terça-feira de confronto e negociações com os sindicalistas. Acabou marcando uma reunião entre o prefeito e os servidores para tentar resolver o impasse do ajuste fiscal da cidade. Agora, diz que é preciso passar as reformas sob pena de a prefeitura não ter em breve como pagar a folha de salários. Veja a entrevista.

Qual a sua opinião sobre as manifestações desta terça na Câmara?
Toda manifestação é legítima. Mas deixa de ser legítima quando bloqueia acesso à Câmara, impede que levam comida para as pessoas, faz cárcere interno, aí perde a legitimidade. E ainda teve invasão. Caminhão de som, xingamento, protesto tudo bem. Mas é falta de bom senso proibir repórter de entrar, agredir vereadoras.

Como vai ser a segurança no dia da votação?
A gente tem mantido diálogo com a Polícia Militar. Tanto para cuidar prédio, que é patrimônio público, quanto para garantir a proteção aos servidores e aos vereadores. Temos que ficar atentos. Mas isso é uma atribuição da presidência da Casa, não do líder do prefeito.

Leia mais: Greca recua e negocia com servidores

Alguns vereadores disseram temer um novo 29 de abril. O sr. vê esse risco?
Essa frase da Noemia Rocha foi desproporcional. Estamos mantendo o diálogo. Não comparo uma época com a outra. Mas nós rezamos e torcemos para que tudo corra pacificamente. E pedimos para que a paz seja mantida.

Houve recuo do prefeito?
Não. O Greca não recuou, quem recuou fui eu, que estava numa situação perante os vereadores e os sindicatos. O que estamos fazendo é mais uma tentativa de diálogo. Será a vigésima sétima reunião.

O sr. acredita que há espaço para modificar os projetos?
Não há espaço para modificar projetos. O que queremos é ouvir os sindicatos para ver possíveis readequações que eles sugiram. Queremos ouvir as propostas deles.

Os sindicatos pedem que seja retirada a urgência dos projetos. Existe chance de recuo nesse ponto?
Não há a menor hipótese de retirar. A Câmara tem legitimidade para decidir sobre isso. E não teria colocado em urgência, não fosse a invasão da Câmara que colocou os vereadores em cárcere privado.

Retirar a urgência causaria uma demora de mais uma semana. Faz diferença?
Faz muita diferença, já estamos atrasados com a cidade. Não podemos governar para os sindicatos. Esses projetos já poderiam ser votados, não tem por que demorar. A cidade precisa dessas propostas. Se não aprovarmos isso logo, só deteriora mais as finanças. Se não aprovar até o fim do mês, a cidade corre o risco de acabar não pagando salários. Corre o risco de atrasar.

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