A presidente da FAS, Marcia Fruet, foi às redes sociais dizer que o crime contra uma moradora de rua no Centro de Curitiba é culpa dos higienistas sociais. A mulher foi assassinada neste domingo, na Praça Osório, e um homem que estava com ela também foi baleado na perna.
Segundo alguns relatos, o homem teria dito que “não gostava de moradores de rua” e meia hora depois voltou com a arma. Marcia Fruet, que disse recentemente que “não vai cair no papo higienista”, disse no Facebook que considera esse tipo de crime um resultado do aumento do ódio por moradores de rua.
A FAS, responsável pela atenção à população de rua, rejeitou todas as propostas feitas para que moradores de rua fosse retirados à força de onde estão. Recentemente, o presidente da Abrabar fez uma solicitação do gênero.
A coluna de Reinaldo Bessa também relatou o caso de um empresário que passou a molhar a calçada em frente a seu comércio para não ter o espaço ocupado por mendigos.
Veja o que a primeira-dama disse no Facebook:
“Esse é o resultado das exigidas medidas higienistas, propaladas como civilizatórias. Quando os representantes de classes verbalizam o ódio, a intolerância, legitimam a violência, despertam o que de pior há no ser humano.
Alertamos reiteradas vezes. Fomos chamados de inoperantes, entre outras coisas. O assunto virou mote de campanha eleitoral (a propósito, o nome do cidadão não é Rafael, candidato. É Roberto. E se sentiu extremamente desrespeitado em ter sua imagem publicada, apesar de pedir que não o fizesse. Se assustou com a parafernália de luzes, câmeras e rebatedores com o que o sr. foi pra rua, “caçar” um personagem).
Quem escondia os pobres em fazendas na RMC ou em imóveis insalubres faz agora da questão social – motivada grande parte pela crise que assola o país e pelas drogas – escada e palanque, bradando que Curitiba está “suja” por pessoas em situação de rua, que cheira mal. Este homem que atirou em dois cidadãos na rua foi legitimado e deve ter sido convencido por estes discursos. Infelizmente.”
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