As coisas parecem começar a melhorar no caixa do governo Beto Richa. Até fevereiro, o governo não sabia nem como pagar o salário do funcionalismo. Agora, começa a aparecer a proverbial luz no fim do túnel. Mas não é só pela entrada do IPVA e do novo ICMS que as coisas começam a funcionar.
Se o governo deixa de “contar centavos” para pagar as contas mais básicas, em grande medida é porque o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fez o que se chama de “sentar no caixa”. Basicamente, se alguém pede dinheiro, para qualquer coisa que não seja o básico, o necessário, ouve um “não”.
Na verdade, pelo sistema de Mauro Ricardo, o sujeito normalmente nem chega a ouvir o “não”. Porque não é recebido. “Ele não recebe ninguém. Nem secretários de outras áreas, nem prefeitos, nem deputados”, diz um deputado estadual que afirma nem ter procurado o secretário. “Para quê? Já sei que ele não vai me receber?”
Pelo telefone, é a mesma coisa. Mauro Ricardo simplesmente não atende. E se, por acaso, alguém consegue chegar até ele, com toda a frieza, ele recusa o pedido que for feito. “Nunca vi um sujeito tão frio quanto ele”, diz o deputado.
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