Agora é oficial: o ex-senador Osmar Dias disse não ao PSB e será candidato ao governo do estado pelo PDT. Sobre a mesa do pedetista, havia um convite para mudar de partido feito ainda no final de 2016. Desde então, apesar de o ex-parlamentar afirmar em dezenas de entrevistas a intenção de permanecer na atual legenda, o PSB – em especial o diretório nacional do partido – mantinha viva a esperança de filiá-lo aos seus quadros.
No entanto, em conversa por telefone com Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, Osmar informou que o convite estava recusado. O maior problema, na visão do ex-senador, seria a ligação entre os socialistas e o governador Beto Richa (PSDB), que caminham juntos desde quando o tucano foi prefeito de Curitiba. E, nos últimos tempos, o pedetista tem adotado um discurso bastante crítica ao atual governo.
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“Estou há dezessete anos no partido e não há nenhuma razão que me leve a sair do PDT, para entrar em outro partido onde as pessoas estão discutindo qual o discurso que eu poderei fazer. Eu não entraria em um partido que vai me regular, que vai dizer o que eu posso ou não falar. Sou de um tempo em que ninguém pode dizer o que eu devo ou não devo falar”, afirmou o pedetista na semana passada, em entrevista à Rádio T, de Ponta Grossa.
Por WhatsApp ao Caixa Zero, Osmar relatou, porém, que não fechou as portas para o PSB. “Comuniquei que estou aberto à aliança com o PSB”, escreveu. Por ora, o ex-senador confirma estar mantendo conversas com PMDB, PPS, PRB e PPL.
Já o PSB tende a se alinhar à candidatura da vice-governadora Cida Borghetti (PP), diante do entendimento dos deputados estaduais da legenda que, com a renúncia de Richa para disputar o Senado, a gestão dela será uma continuidade da atual. Tudo dependerá, no entanto, do desempenho de Cida nas pesquisas. “Se ela não ganhar musculatura até as convenções, vai ser inviável segurar a base toda. Será um salve-se quem puder”, admite um socialista.