O líder do prefeito Rafael Greca na Câmara de Curitiba, Pier Petruzziello, diz estar seguro de que o pacote fiscal será aprovado nos próximos 30 dias. “Se for trabalhar com uma data limite, diria que é antes do recesso legislativo, em 30 de junho”, diz ele.
Pier diz que a bancada a favor do projeto terá pelo menos dois terços da Câmara. A oposição, nos cálculos dele, deve ficar com algo entre oito e 11 vereadores. O Legislativo municipal tem 38 vereadores.
O pacote fiscal avançou nesta semana, principalmente com a aprovação do projeto que muda o sistema de Previdência do município: aumenta em cada ano a contribuição dos funcionários, chegando a 14% em 2023; aumenta a participação da prefeitura no sistema; e, principalmente, retira R$ 600 milhões já pagos e que seriam devolvidos ao caixa da prefeitura.
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O prefeito conta com esse dinheiro para fechar o rombo no orçamento. Segundo ele, a cidade precisa de mais R$ 2,1 bilhões para equilibrar despesas e receitas em 2017 – isso sem fazer nada de novo na cidade.
Oposição
A oposição, que tem tido apoio dos sindicatos, não largou os betes. Mas admite que, por enquanto, não chega a dez votos, o que é insuficiente para barrar o arrocho. E os sindicatos, embora tenham tido uma atuação agressiva na semana passada, chegando a manter os vereadores presos em uma sala da Câmara, não têm conseguido grande apoio popular.
Nesta semana, os sindicatos também partiram para estratégias jurídicas. Tentaram provar que Mauro Bobato estaria impedido de relatar o projeto, por ter recebido dinheiro de Rafael Greca na campanha. A acusação não prosperou.
O Sindicato dos Guardas Municipais também afirmou que o secretário de Finanças, Vítor Puppi, estaria recebendo ilegalmente dois salários. Puppi disse que ia processar o sindicato dos Guardas Municipais e a acusação sumiu do site.
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