Na última sexta-feira (7), em uma tarde de trânsito intenso em Palhoça (SC), um ônibus articulado do transporte público partiu ao meio. Ninguém se feriu. Um vídeo com o momento exato do acidente vem circulando nas redes sociais. Pelos relatos dos passageiros o motorista alertava para que eles ficassem na parte de trás do veículo. Segundo o site da empresa Jotur, responsável pela linha, ela foi criada em 1962. E tem a missão de “transportar pessoas com responsabilidade”.
Em Curitiba, cidade considerada modelo, justamente por seu transporte público inovador, a situação vem se deteriorando. A joia da coroa da capital paranaense sofre as consequências de uma frota antiga, somente em 2016, foram 7.460 casos registrados de quebras e falhas no transporte coletivo. Problemas acontecem, mas desse total, 2.018 ocorreram em ônibus com mais de dez anos anos de uso. Portanto não é exagero – principalmente se você é usuário do transporte – dizer que existe a preocupação do problema de Santa Catarina se repetir aqui.
Leia mais: Mais velhos, ônibus de Curitiba quebraram 21% mais em 2016.
Curitiba e o transporte “modelo”
Durante a última campanha para a prefeitura, todos os candidatos reconheceram que o transporte coletivo precisava de renovação. Citaram um possíveis saídas com novos modais: metrô, veículo leve sob trilhos, veículo leve sob pneus. Curitiba continua com os ônibus de sempre, segundo o site da Urbs são 1.290.
A tarifa é a mais cara entre as capitais do país, R$4,25. Renovar e qualificar a frota foi uma das promessas de campanha do atual prefeito Rafael Greca (PMN). Veículos com mais de 10 anos de uso não deveriam circular, mas as empresas conseguiram uma liminar que as isentam dessa regra em 2013. Em 2016 eram 404 ônibus circulando pela cidade com a vida útil vencida.
O sistema de ônibus articulados começou a funcionar na cidade em 1980. Em 1992 chegaram os primeiros biarticulados, com capacidade para 220 pessoas.
Em Palhoça um usuário gravou o momento do acidente:
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